Título carioca ameniza pressão e fortalece promessa de DNA vencedor no futebol do Flamengo

Abel faz jus ao histórico supercampeão. Chamado para mudar ambiente, Marcos Braz chega ao quinto título como dirigente do clube, enquanto Paulo Pelaipe conquista o terceiro

Marcos braz (esquerda) e Paulo Pelaipe (direita) durante coletiva de imprensa no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

O Carioca está longe de ser o campeonato dos sonhos do Flamengo, mas fazer a “obrigação” pavimenta o caminho para a volta do tão prometido DNA vencedor na gestão Rodolfo Landim.

Ao vencer o Vasco por 2 a 0 no Maracanã, o Rubro-Negro ampliou a hegemonia no estado e fortaleceu um departamento montado para “dar casca” a um elenco que vinha batendo na trave. Nomes como Abel Braga, Marcos Braz e Paulo Pelaipe chegaram ao Ninho respaldados pelo histórico que comprovaram com mais um título.

Multicampeão, Abelão chegou ao oitavo título carioca como jogador e treinador. Se contar toda a carreira, são 13 estatuais – nove no banco de reservas. Gritar campeão dessa vez serviu para, principalmente, dar calmaria ao ambiente em busca de uma obsessão: a Taça Libertadores da América.

Abel não esconde dos mais próximos que o troféu que conquistou em 2006 – e o Flamengo em 1981 – é o principal objetivo da temporada. Não à toa, o planejamento para o duelo com a LDU, quarta, em Quito, foi feito com todo cuidado e participação efetiva do treinador.

Abel tem 13 títulos estaduais na carreira, nove como treinador (quatro Cariocas). Marcos Braz chegou a cinco títulos como dirigente do Flamengo, e Paulo Pelaipe.

A conquista engrandece também o currículo de Marcos Braz como dirigente. Seja como diretor ou vice de futebol, foi o quinto troféu erguido com o Flamengo: três estatuais (2007, 2008 e 2019), uma Copa do Brasil (2006) e um brasileiro (2009).

Nos bastidores, o vice-presidente foi um dos que mais agiu para que o clube não entrasse no clima de oba-oba pelo favoritismo e repetia que o “o Carioca era mais importante para ele do que para qualquer um”. A preocupação era exatamente em amenizar qualquer clima de pressão por mais um “cheirinho”.

Por fim, Paulo Pelaipe chegou ao terceiro título em praticamente dois anos de clube somando as duas passagens. Em 2013 e 2014 (foi demitido em maio), levantou a Copa do Brasil e o Carioca, este também em cima do Vasco como em 2019

– É um orgulho imenso voltar ao Flamengo e ser campeão novamente, dando alegria para o torcedor – repetia ainda no gramado do Maracanã após a entrega de medalhas.

Retrospecto vitorioso que dá sustentação ao departamento de futebol, mas também experiência de sobra para manter o alerta ligado. Quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), é dia de LDU, em Quito, pela Libertadores. E no Flamengo a pressão é amenizada, mas continua.

Retirado de: Globo Esporte