Jornalista vislumbra Flamengo altamente ofensivo, com quinteto e apenas um volante

Cuellar em ação pelo Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

As novas ideais e variações táticas de Jorge Jesus começam a ganhar corpo após um breve período de treinamentos e o jogo-treino diante do Madureira, com vitória de 3 x 1. Uma das características dos times do treinador português é ter somente um volante marcador no meio campo. O jornalista Leonardo Bertozzi, dos canais ESPN, analisou o posicionamento dos jogadores, tendo como base a partida realizada na Gávea, no último sábado (29):

– Os times dele só tem um volante. Na cabeça dele, o Arão é primeiro volante, olha que coisa curiosa. O Arão jogou como primeiro, com Lucas Silva e Vitinho abertos, Bruno Henrique e Gabigol mais na frente e o Diego no meio. Naturalmente, o Cuéllar volta (no lugar do Arão), no lugar do Lucas Silva volta o Everton Ribeiro e ele pareceu dar muita confiança para o Vitinho, é um jogador que pode se revigorar, mas Arrascaeta deveria recuperar essa posição.

Bertozzi destacou o posicionamento de Diego como preponderante para o esquema dar certo. Jorge Jesus o vê como um segundo volante sem a bola, ao passo que no momento que o time a recupera, ele passa a fazer parte de uma linha de três jogadores – com Everton Ribeiro e Arrascaeta – para municiar a dupla de atacantes.

– A gente sempre discutiu a chance destes cinco jogarem juntos. Neste desenho, não é impossível. Porque se ele vê o Diego um pouquinho mais atrás, fazendo um segundo homem, é uma possibilidade. Agora, tem que ser super bem treinado, e sem a bola. Então, o Arrascaeta terá que jogar em uma linha de quatro e fechar a linha, que é uma coisa que ele não se sente muito confortável. Mas para jogar com Jorge Jesus nesta função, ele vai ter que ter uma disciplina defensiva muito importante. O Everton Ribeiro, de certa forma, já tem. E com Bruno Henrque e Gabigol, ele diminuiria um problema: muitas vezes, com o Abel, ter o Bruno Henrique perto do gol implicava em ter o Gabigol aberto. E ter o Gabigol aberto não deu certo, porque ele não faz o trabalho de recomposição e ainda jogava longe do gol. É um time bem ofensivo? É bem ofensivo! E vai exigir, sem bola, trabalho de todo mundo.

Retirado de: Coluna do Fla