Após ser dispensando pelo Flamengo, sobrevivente do Ninho assina 1º contrato profissional com multa de R$ 282 milhões

Entrada do Ninho do Urubu (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Um dos sobreviventes do incêndio no Ninho do Urubu, o meia Felipe Cardoso, de 16 anos, assinou nesta semana o primeiro contrato profissional. Com multa rescisória de 60 milhões de euros para o exterior (aproximadamente R$ 282 milhões na cotação atual), ele fechou por três temporadas com o Bragantino.

A situação estava alinhada desde o fim de janeiro, mas ainda era preciso resolver algumas pendências de documentação. Dispensado pelo Flamengo no início de 2020, Felipe Cardoso passou por um período de avaliação em Jarinu, sede das categorias do RB Brasil, durante o mês de janeiro e foi aprovado antes mesmo do término do prazo.

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Cardoso atuará inicialmente nas categorias de base do time, mas, como a base, pelo acordo de parceria, já vai ser integrada ao Bragantino durante o ano, o contrato foi assinado com clube principal da Red Bull no Brasil, uma vez que Bragantino e RB Brasil são empresas diferentes, cada um com um CNPJ. Os únicos jogadores com contrato com o RB Brasil são aqueles que disputam a Série A2 do Paulista.

Ao lado da família e do empresário Wilson Farias, Felipe Cardoso celebrou a conquista nas redes sociais:

Felipe recebeu outros convites para testes, no Vasco e Fluminense, por exemplo, mas optou pelo projeto do RB Brasil e pela proximidade com a família, que é de São Paulo.

O jovem passou boa parte da infância na base do Santos, dos 9 aos 15 anos, e havia se transferido para o Flamengo no início de 2019 – no dia da tragédia, que completou um ano em 8 de fevereiro, conseguiu se salvar e ainda ajudou outros companheiros a fugir.

Após a dispensa, ele usou as redes sociais para desabafar sobre a decisão do clube: “Somos apenas números”, escreveu na oportunidade.

Retirado de: Globo Esporte