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Entenda quem comprou os direitos do Brasileiro no exterior e como vão transmitir

Após uma novela que durou dois anos, os 40 clubes das Séries A e B assinaram um acordo de venda de seus direitos do Brasileiro para o exterior com a empresa GSRM (Global Rights Management). Há um valor pequeno fixo, e o restante depende de geração de receita a ser divida entre empresa e times. A estratégia é tentar ampliar mercados e usar uma plataforma mundial de streaming para pay-per-view. Mas quem fará isso e como?

Primeiro, apresentemos a empresa: a GSRM foi criada recentemente com três parceiros: o fundo “777 partners”, a plataforma Fanatiz e a agência de marketing 1190.

O fundo tem sede em Miami e uma diversidade de negócios de empresas aéreas a time de basquete. Neste ano, tem uma participação minoritária no Sevilla, time da La Liga. O fundo tem negócios em seguros, aviação e mídia e entreterimento.

“‘É um fundo de US$ 3,5 bilhões que tem um portfólio de atividades, desde aéreas até os clubes de futebol como Sevilla . São nossos parceiros de ideias para complementar. Faz parte da GSRM, são parceiros”, explicou o CEO da GSRM, Hernan Donnari, ao blog. Ele é ex-executivo da Fox na América Latina.

A associação “Acionistas Unidos do Sevilla” questiona a participação do fundo 777 partners em ação dos clubes. Reclama de falta de transparência porque a empresa foi criada uma rede de empresas, com diversas sedes.

A agência de marketing 1190 é a responsável pelos acordos comerciais da seleção chilena. Não tem ligação com o canal de pay-per-view da liga chilena, que é tocado pelos próprios clubes. Mas esse “premiere” próprio dos times chilenos serve de inspiração para o modelo brasileiro de transmissão para o exterior.

A ideia da GSRM é implantar uma plataforma de OTT própria para o Brasileiro com possibilidade de assinatura em todo mundo para ter acesso à Série A e B. Não estão definidos preços nem o desenho da estrutura. Hernan Donnari reconhece o desafio e sabe que houve problemas com outras plataformas no Brasil no caso do Flamengo e o mycujoo. Na primeira rodada, os jogos foram distribuídos de graça no Fanatiz como experimento gratuito.

“Fanatiz é um parceiro que tem um acordo para distribuir o conteúdo levando conteúdo para o mundo. Outra OTT que vamos criar para conteúdo Brasileirão. Não está ainda criada. Da maneira que vamos coordenar esse destino com os clubes”, disse o executivo da GSRM.

Além disso, e mais importante, será a venda dos direitos do Brasileiro no exterior para televisões abertas e fechadas. A prioridade é atingir, primeiro, a América do Sul com países como Peru, Colômbia e Argentina. Há a expectativa de que esses mercados terão interesse maior no Brasileiro.

“Primeira coisa é América do Sul, futebol brasileiro tem oportunidade de criar reconhecimento. Vou contar uma experiência pessoal, joga a Libertadores, meu time argentino joga contra brasileiro e eu não tinha como visualizar o adversário. Conteúdo do Brasileirão não era possível assistir na Argentina, isso é absurdo. Tinha de futebol europeu e não tinha o Brasileiro”, afirmou Donnari.

A segunda etapa prevista é de expansão para o restante da América, isto é, para o Norte. São quatro etapas. Em paralelo, há intenção de tentar chegar em mercados como Europa e Ásia.

“Nós temos um comitê executivo que os clubes fazem parte e nós fazemos partes. Dentro desse órgão, tomamos uma decisão do futuro e da plataforma. Nós temos um plano estratégico para planejamento de frente. Tudo que querem fazer com o Brasileiro será feito junto. Você (clubes) não perde controle dos direitos. Você faz parte dos criação do produto”, disse Hernan Donnari.

Da parte dos clubes, o UOL já publicou que o valor mínimo por clube da Série será R$ 2 milhões por ano, como publicou o colega Marcel Rizzo. Mas, pelo que o blog apurou, a aposta dos clubes é mesmo na renda variável, isto é, gerada compartilhada com as vendas dos direitos e do pagamento pela plataforma.

“Esse mínimo garantido que vamos pagar é uma base da qual a gente cria valor. Esse valor que nós criamos é compartilhado com os clubes. Esse modelo que chamamos de transparente. A venda em canal pago no exterior é ainda uma incógnita porque não se sabe o tamanho do mercado brasileiro fora. As imagens a serem usadas serão as da Globo e da Turner”, contou Donnari.

Retirado de: UOL

Equipe Gávea News

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