Renato Gaúcho durante o jogo entre Flamengo e Bahia pelo Campeonato Brasileiro de 2021 (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
Com um começo de trabalho arrasador e o fim marcado pelo vice na Libertadores, Renato Gaúcho falou sobre seu período no comando do Flamengo em 2021. Em entrevista ao “SporTV”, o técnico comentou sobre sua saída do Rubro-Negro.
— Trabalhei praticamente sem ter tempo para trabalhar, a cada três dias tinha uma decisão. Disputávamos três competições, com muitos jogadores no departamento médico. Conquistamos o vice-brasileiro e fomos vice da Libertadores. De repente, se não conquista um título com um clube de massa como o Flamengo, você não é bom. Mas não me incomodo com isso. O Abel (Ferreira) ganhou, é o bom e tinha que continuar. Eu perdi, não era o bom e saí.
Em seguida, Renato falou sobre a final da Libertadores e a falha fatal de Andreas, comentando sobre a reação do jogador e do apoio dado a ele naquele momento difícil.
— Infelizmente o Andreas teve aquela jogada de infelicidade, o Palmeiras se fechou e conquistou o título. Não tenho queixa nenhuma, fiquei muito feliz de ter trabalho no Flamengo, e espero um dia voltar. Um grupo muito bom, competentes e que gostavam de trabalhar. Uma infelicidade nos fez perder o título. Quando o título não vem para um favorito, a pressão vem.
— No vestiário, lembro que eu falei com ele, abracei. É muito bom jogador, nível muito alto, que, hoje, infelizmente, está marcado pela torcida do Flamengo, mas podem anotar que, no futuro, chegará à Seleção Brasileira. É muito acima da média. Chorou muito, nem poderia ser diferente. Foi até difícil. Ele é muito amigo do David Luiz, que o abraçou bastante. Ele se responsabilizou pelo vice, teve aquela infelicidade, mas quando se ganha, o grupo todo ganha, quando se perde, também. É um jogador especial, infelizmente ficou marcado por aquela jogada.
Além de contar sobre o vestiário após a derrota, o técnico também comentou sobre seu pedido de demissão do clube, afirmando que tem o desejo de um dia retornar à equipe.
— Eu entreguei o cargo após o jogo. Já tinha me despedido dos jogadores no vestiário. Liguei para o Braz e Bruno dias depois, independente do que eles estavam pensando, avisei que iria sair. Pedi para sair até para dar tranquilidade ao próximo treinador e ao grupo fazer os jogos finais (do Brasileiro), me posicionei logo em seguida.
Por fim, Renato abriu o jogo sobre a queda de rendimento do elenco no decorrer da temporada. Juntamente a isso, ele fez colocações em relação às decisões da arbitragem naquele ano, aproveitando para indicar o favoritismo ao atual campeão brasileiro.
— A queda de rendimento acontece em qualquer clube, qualquer grupo, sendo caro ou não. O maior problema que eu enfrentei no Flamengo foi que estávamos em três competições, com finais a cada três dias, tanto na Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores, precisávamos ganhar, e com muitos jogadores no departamento médico. Não tínhamos muitos jogadores para revezar. Mal tínhamos tempo para ver nossas famílias. Não estou dando desculpa, mas o Flamengo foi muito prejudicado no Brasileiro em termos de arbitragem. Somente um ia ganhar nas competições.
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