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Flamengo é condenado a pagar na justiça quase 3 milhões de reais

No dia 8 de fevereiro de 2019, uma tragédia abalou o mundo do futebol brasileiro. O incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu, ceifou a vida de dez jovens promessas, entre eles o goleiro Christian Esmério. Após anos de luta judicial, a família de Christian, a única entre as vítimas que não havia chegado a um acordo com o clube, finalmente recebeu a sentença em primeira instância. O juiz André Aiex Baptista Martins, da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro, condenou o Flamengo a pagar R$ 2,9 milhões em indenizações à família do jogador, além de uma pensão mensal de R$ 7 mil até 2048 ou até o falecimento dos genitores.

A decisão reflete não apenas a busca por justiça, mas também destaca a dor e a complexidade que envolvem a valoração da vida humana diante de tragédias dessa magnitude. Enquanto os pais de Christian receberão, cada um, R$ 1,412 milhão, o irmão do goleiro será compensado com R$ 120 mil por danos morais. Esses valores, embora representem um reconhecimento legal do sofrimento causado pela perda, são menores do que os inicialmente requeridos pela família, que pleiteava mais de R$ 9 milhões em danos morais e pensão.

A postura do Flamengo durante o processo foi de tentar minimizar o valor da compensação, algo que foi criticado pela família. Cristiano Esmério, em particular, expressou sua insatisfação não apenas com o valor da indenização, mas também com a forma como a família foi tratada pelo clube ao longo do processo. Ele destaca que a questão transcende o dinheiro, apontando para uma falta de empatia e respeito para com as famílias afetadas.

A memória dos jovens perdidos na tragédia é mantida viva por meio de homenagens, como a missa anual organizada pelo clube e o lançamento do livro “Longe do Ninho”. No entanto, a família de Christian lamentou a remoção de uma homenagem no museu do clube após uma reforma, o que sugere uma complexidade na forma como a memória e o luto são gerenciados em contextos institucionais.

A impunidade ainda marca o caso, com nenhum indivíduo sendo criminalmente responsabilizado pela tragédia até o momento. Isso levanta questões sobre a responsabilidade legal e moral em casos de negligência que resultam em perdas humanas, especialmente em estruturas voltadas para o desenvolvimento de jovens atletas.

Este caso, portanto, não é apenas sobre a determinação de compensações financeiras, é um lembrete da responsabilidade que clubes e instituições têm para com a segurança e o bem-estar de seus atletas. A luta da família Esmério reflete a busca por justiça, memória e respeito, valores que transcendem o campo de jogo e tocam o cerne da dignidade humana.

Equipe Gávea News

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