Real Madrid

Vini Jr revela qual vai ser a atitude do Real Madrid em casos de racismo

O atacante Vini Jr. disse que ele e seus companheiros do seu atual time, o Real Madrid, estão preparados para abandonar o campo em caso de novos casos de manifestações racistas nas partidas da temporada 2024/25 da LALIGA.

Isso está acontecendo porque o jogador da Seleção Brasileira já foi vítima de racismo em várias ocasiões nos últimos anos dentro de campo. Mas o seu pior episódio foi a partida contra o Valencia, no estádio Mestalla, em maio de 2023.

Até que esse incidente veio eventualmente terminar com as prisões de três torcedores no início deste ano, com os responsáveis da LALIGA comemorando o veredito como “o primeiro desse tipo” na história da competição.

Entretanto, Vini sofreu com mais manifestações racistas em grandes jogos com os times Barcelona, Mallorca, Osasuna, Sevilla e, principalmente, no dérbi contra o Atlético de Madrid.

Já em entrevista à CNN, divulgada de forma integral nesta quarta-feira (28), o brasileiro assegurou que, daqui em diante, ele e seus colegas de equipe vão agir de maneira diferente em situações como essas que vem acontecendo.

Por exemplo, presenciamos uma situação ocorrida em Valência, na qual o jogo chegou a ser suspenso pela arbitragem até que os torcedores que proferiram manifestações racistas fossem identificados nas arquibancadas do Mestalla.

Decisão do jogador e sua equipe do Real Madrid

“No clube, a gente fala sobre isso [casos de racismo] com cada vez mais frequência”, comentou o camisa 7 do Real Madrid.

“Não só eu, como todos os jogadores me disseram que, se isso voltar a acontecer, na próxima vez todos nós temos que deixar o gramado, de forma que todas essas pessoas que nos insultaram tenham uma punição muito maior”, apontou.

“No caso do ocorrido em Valência, a gente conversou depois do jogo e todos disseram que o certo a fazer seria abandonar o campo, mas pelo fato de você estar lá defendendo sua equipe, não fizemos. A gente sabe que não são todos racistas no estádio, muita gente está lá só para acompanhar a partida”, argumentou.

“É muito difícil terminar uma partida [por abandono de campo], mas, com tudo o que vem acontecendo, e como tudo está piorando cada vez mais, a gente sente que precisa abandonar o campo para que ocorra uma mudança definitiva o mais rápido possível”, complementou.

Novas leis

Recentemente, a entidade responsável pela organização do Campeonato Espanhol pediu ao Governo do país que mude as leis sobre esse tema, de forma que a LALIGA possa punir os torcedores racistas diretamente.

“Hoje, eu já vejo e sinto uma diferença (em como os casos de racismo estão sendo tratados) na Espanha”, seguiu Vini Jr.

“Atualmente, talvez alguns torcedores sigam sendo racistas, mas agora passaram a ter medo de expressar isso nos estádios de futebol ou em locais em que há câmeras”, apontou.

“Dessa forma, vamos reduzir o racismo, pouco a pouco… É claro que, infelizmente, não vamos conseguir acabar o problema, mas já fico feliz se conseguir mudar um pouco a forma como o racismo é visto na Espanha”, finalizou.

Emilly Lima

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