Abel Ferreira fazendo anotações após um treino do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Abel Ferreira enfrentou um momento inusitado na noite de terça-feira (26), quando parte da torcida organizada do Palmeiras o chamou de “burro” após a substituição de Estêvão por Gabriel Menino, aos 35 minutos do segundo tempo. O episódio ocorreu durante a derrota por 3 a 1 para o Botafogo, no Allianz Parque, e foi rapidamente abafado por vaias de outros setores do estádio.
Segundo Abel, a mudança não foi uma escolha tática, mas sim uma necessidade, já que Estêvão pediu para sair devido a câimbras.
“Estêvão pediu para sair, estava com câimbras. Era para entrar o Vanderlan na do Caio Paulista, mas, quando o jogador pede substituição, eu tenho que trocar”, explicou o treinador, lembrando que essa não foi a primeira vez que o jovem meia precisou ser substituído por desgaste físico.
Estêvão deixou o campo após registrar uma atuação intensa: foram 27 passes certos, dois desarmes e quatro faltas sofridas, sendo o jogador mais caçado em campo. Apesar do desconforto, o clube informou que não há preocupações com lesão.
A saída de Estêvão, somada ao contexto do jogo — com o Palmeiras já em desvantagem numérica devido à expulsão de Marcos Rocha —, gerou críticas. Além dos gritos de “burro”, houve manifestações contra a presidente Leila Pereira. Contudo, a maior parte da torcida manteve o apoio ao time até o apito final.
Abel minimizou a situação na coletiva:
“Uma pequena parte da torcida (criticou). Mas vocês viram o que toda a torcida fez? Isso mostra o carinho que têm por nós. Eu entendo, são muitos títulos juntos. Parece que o Palmeiras ganha sempre, mas vocês sabem que não é assim”, disse Abel.
O episódio não é inédito no Palmeiras. Técnicos consagrados como Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo também enfrentaram situações semelhantes. Em 2012, Felipão ouviu as mesmas críticas durante uma campanha ruim no Brasileirão e assumiu a responsabilidade:
“A torcida tem todo o direito de me chamar de burro. O time não está jogando bem, e quem escolhe sou eu.”
Luxemburgo, em 1994, foi criticado por uma substituição que acabou sendo decisiva para a vitória sobre o São Paulo no Paulistão. Na ocasião, Maurílio entrou, marcou um gol e sofreu a falta que resultou na virada por 3 a 2. Luxemburgo também defendeu a torcida como peça fundamental:
“Uma pessoa que já deu três títulos ao Palmeiras não pode ser chamada de burro. Quero que a torcida seja sempre o nosso primeiro jogador”, disse Luxemburgo.
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