A declaração de Milton Neves direcionada a Ademir da Guia, ídolo do Palmeiras

Milton Neves critica exclusão de Ademir da Guia e outros craques em Copas do Mundo

Milton Neves manifestou indignação sobre o tratamento dado a Ademir da Guia na Seleção Brasileira. Apesar de ser um dos maiores nomes da história do Palmeiras, onde alcançou o status de “Divino”, o meio-campista disputou apenas uma Copa do Mundo, em 1974. Para o comunicador, a ausência de mais convocações ao longo de sua carreira foi um erro histórico.

Ademir foi convocado para o Mundial de 1974, na Alemanha Ocidental, mas jogou apenas uma partida, contra a Polônia, na disputa pelo terceiro lugar. Para Milton Neves, um jogador com tamanha habilidade deveria ter participado de pelo menos três edições da Copa.

“Era um inferno ganhar do Palmeiras. O que teve de sacanagem e burrice de técnicos brasileiros… O Ademir da Guia foi em uma Copa! Ele foi o Pelé do meio-campo. Ele jogou uns 15 minutos… foi sacaneado. Era para ter ido em umas três Copas do Mundo”, declarou o jornalista durante participação no Inteligência Ltda Podcast.

Milton Neves também demonstrou revolta ao lembrar de outros grandes jogadores que não foram aproveitados em Copas. Nomes como Dirceu Lopes, Alex e Djalminha foram destacados pelo jornalista como exemplos de talentos desperdiçados.

“O Brasil não levou para a Copa do Mundo o melhor meio-campo do planeta chamado Dirceu Lopes, do Cruzeiro. O Alex, do Palmeiras, com aquela canhota maravilhosa, Djalminha… esses caras eram titulares da Seleção Brasileira dormindo”, afirmou.

Ao comentar o momento atual do futebol brasileiro, Milton Neves isentou Dorival Júnior, técnico da Seleção, de culpa pela má fase. Para ele, o problema está na falta de jogadores extraordinários, algo que contrasta com a fartura de craques do passado.

“Coitado do Dorival Júnior. Ele é um cara extremamente sério. Todo mundo mete o pau nele, mas a Seleção é nota 4. Sabe qual a culpa dele? Nenhuma! O Brasil é uma seleção da Bolívia em má fase. Ele não tem quem convocar”, opinou o jornalista.

Geovanna Thomaz