CBF confirma que clube foi eliminado de forma injustiça da Copa do Brasil

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) admitiu um erro de arbitragem na partida entre Operário Várzea-grandense e Grêmio Novorizontino, disputada pela segunda fase da Copa do Brasil. O lance polêmico ocorreu no gol que garantiu a classificação do time paulista, quando o atacante Robson dos Santos utilizou a mão na origem da jogada antes de a bola entrar na rede.

O Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI), formado por ex-árbitros renomados como Nicola Rizzoli, Néstor Pitana e Sandro Meira Ricci, analisou o lance e concluiu que a jogada foi irregular. Segundo o parecer técnico, o jogo deveria ter sido interrompido no momento do toque de mão, conforme estabelecido pela Regra 12 do futebol.

O Operário VG, que protestou imediatamente após o lance, formalizou uma reclamação junto à CBF e estuda a possibilidade de solicitar a anulação da partida. O gol do Novorizontino, marcado por Waguninho, foi validado pelo árbitro Gustavo Ervino Bauermann, encerrando o confronto com a vitória do time paulista por 1 a 0.

Um dos fatores que contribuiu para a manutenção da jogada foi a ausência do árbitro assistente de vídeo (VAR), uma vez que as duas primeiras fases da Copa do Brasil não contam com essa tecnologia. Dessa forma, a decisão tomada em campo permaneceu inalterada, mesmo após as reclamações dos jogadores e da comissão técnica do Operário.

A classificação para a segunda fase representava um feito histórico para o clube mato-grossense, que avançou no torneio após vencer o Sport nos pênaltis. Além do destaque esportivo, a participação na competição garantiu ao Operário VG uma premiação superior a R$ 1,8 milhão, valor significativo para o planejamento financeiro da equipe.

O caso levanta novamente o debate sobre a implementação do VAR desde as fases iniciais da Copa do Brasil. Enquanto a CBF reconhece o erro, o Operário VG segue avaliando as providências cabíveis para tentar reverter a decisão e buscar justiça dentro da competição.