Ronaldo Fenômeno durante premiação da FIFA (Foto: Reprodução)
A Conmebol deu um passo decisivo no combate ao racismo no futebol sul-americano ao criar uma força-tarefa permanente. A medida foi anunciada após uma reunião realizada na quinta-feira (27 de março), em Luque, no Paraguai, reunindo autoridades de governos locais, dirigentes esportivos e ex-jogadores. O ex-atacante Ronaldo Nazário foi escolhido para coordenar o grupo, que terá a missão de desenvolver políticas de prevenção e sanção contra discriminação, racismo e violência nos estádios.
Além de Ronaldo, o encontro contou com nomes relevantes do futebol, como Léo Moura, Mauro Silva, Dilma Mendes, Lugano, Ruggeri, Carlos Tevez e Caniggia. Também participaram Fatma Samoura, ex-secretária-geral da Fifa, e Sergio Marchi, presidente da FIFpro. “Tivemos ideias bacanas e compromisso de todos de avançar com medidas mais severas, de prevenção. Saio daqui muito animado”, afirmou Ronaldo após o evento.
Representando o Brasil, estiveram presentes o embaixador José Marcondes de Carvalho, o presidente da APFUT, Washington, e o chefe de gabinete do Ministério da Igualdade Racial, Luiz Felipe Jesus de Barros. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que participou por videoconferência, defendeu a adoção de sanções esportivas, como perda de pontos, para clubes envolvidos em episódios de racismo.
A proposta, no entanto, não teve aceitação unânime. Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, demonstrou resistência à aplicação de punições esportivas. “Não queremos castigar as pessoas equivocadas. O que tem a ver um jogador ou a comissão técnica com atos que acontecem fora do campo?”, questionou. Ronaldo compartilhou da mesma visão, embora tenha admitido que o tema ainda será debatido em novos encontros: “Há uma questão jurídica a ser estudada, mas vamos nos reunir mais vezes para definir as punições”.
Entre as medidas aprovadas, estão a criação de uma lista de pessoas impedidas de frequentar estádios, programas educacionais voltados para torcedores, árbitros e clubes, e o compromisso da entidade em aplicar penalidades mais rigorosas. Aliás, as críticas anteriores sobre punições consideradas brandas, como a multa de 50 mil dólares aplicada ao Cerro Porteño após ofensas ao jogador Luighi, do Palmeiras, reforçaram a necessidade de reformulação nas ações da entidade.
O caso envolvendo o jovem atleta brasileiro, que chorou após sofrer insultos racistas na Libertadores sub-20, foi o estopim para o encontro. A repercussão foi tão intensa que Leila Pereira, presidente do Palmeiras, classificou a punição como “ridícula” e chegou a cogitar um boicote à Conmebol. Em meio à pressão, Domínguez reconheceu que as sanções previstas atualmente “não são suficientes” e convocou o debate que resultou na criação do novo grupo de trabalho.
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