Atualização sobre o caso de doping de Gabigol

O atacante Gabigol enfrenta nesta quinta-feira (03) o início do julgamento do recurso contra a suspensão de dois anos por tentativa de fraude em exame antidoping. A sessão ocorre no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), com possibilidade de continuidade nesta sexta-feira (04), envolvendo ação contra a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e a União Federal.

A punição aplicada ao jogador refere-se a um episódio ocorrido no dia 8 de abril de 2023, quando ainda atuava pelo Flamengo. Na ocasião, ele foi acusado de dificultar o processo de coleta de exame antidoping durante uma visita surpresa dos oficiais ao CT do clube. Segundo os relatos, Gabigol não teria seguido os procedimentos exigidos, além de demonstrar comportamento desrespeitoso e desobedecer orientações da equipe responsável.

Apesar de o exame realizado ter tido resultado negativo, a atitude do jogador foi enquadrada no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que trata de fraude ou tentativa de fraude em qualquer parte do processo de controle. A decisão de suspensão foi divulgada oficialmente em março de 2024.

Efeito suspensivo

“Gabigol sempre negou qualquer tentativa de burlar o exame”, conforme destacou sua defesa, conduzida pelo advogado Bichara Neto, contratado ainda durante sua passagem pelo Flamengo. Inicialmente representado por Rodrigo Dunshee, então vice-presidente geral e jurídico do clube carioca, o atacante recorreu ao CAS e obteve efeito suspensivo um mês após a sentença inicial.

Com a medida, ele pôde continuar atuando profissionalmente. Inclusive, participou da reta final do contrato com o Flamengo, que não foi renovado. Posteriormente, acertou com o Cruzeiro, clube pelo qual já disputou nove partidas e marcou seis gols.

A atual fase do julgamento envolve a análise do recurso por um painel de três árbitros designados pela Corte, a fim de avaliar os argumentos apresentados pela defesa do jogador. Caso a decisão anterior seja mantida, Gabigol precisará cumprir o restante da pena, válida até abril de 2025.