Uma operação de grande escala contra a manipulação de resultados em partidas de futebol foi deflagrada nesta quarta-feira (09 de abril), mobilizando forças de segurança em seis estados brasileiros. Denominada “Jogada Marcada”, a ação foi coordenada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), e teve apoio das autoridades locais em estados como Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba e Pernambuco.
A operação tem como alvo uma organização criminosa estruturada em três camadas: financiadores, intermediários e executores. Conforme apontado pela investigação, o grupo atuava em diferentes divisões do futebol nacional, principalmente na Série D, mas também havia indícios de envolvimento em campeonatos estaduais e até torneios internacionais. De forma articulada, a quadrilha promovia fraudes em resultados esportivos a fim de lucrar por meio de plataformas de apostas.
Segundo a Polícia Civil, o esquema teria movimentado, de forma ilícita, ao menos R$ 11 milhões. As medidas judiciais autorizadas incluíram sete mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão. A identidade de todos os investigados não foi divulgada, mas alguns nomes já são de conhecimento público, como o do ex-árbitro paraibano D’Guerro Batista Xavier, de 46 anos. Ele foi preso em João Pessoa e já havia sido afastado da arbitragem profissional desde 2018, quando figurou como investigado na Operação Cartola, que apurava fraudes no futebol da Paraíba.
Além do ex-árbitro, também foram detidos um ex-presidente de clube, dois ex-jogadores e dois aliciadores ligados ao esquema. As ações judiciais não se limitaram a prisões. A operação visou também reunir provas com potencial de aprofundar o entendimento da atuação criminosa no meio esportivo.
A gênese da investigação remonta a 2021, quando o então presidente do Goianésia, Marco Antônio Maia, denunciou uma tentativa de aliciamento feita ao clube. “Ofereceram R$ 500 mil por três resultados manipulados”, relatou Maia, que também é delegado da Polícia Civil. Diante da recusa da proposta, ele obteve autorização judicial para atuar como agente infiltrado, monitorando as investidas do grupo criminoso.
Ainda conforme o dirigente, novas abordagens aconteceram em 2022 e 2023. A quadrilha teria, em uma das tentativas, proposto a divisão de porcentagens em troca da cooptação de outras equipes para o esquema. As tentativas envolveram diferentes competições, inclusive o Campeonato Goiano.
A gravidade do caso também mobilizou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que acompanha os desdobramentos com atenção. Segundo apurado, o órgão poderá aplicar sanções como suspensões e banimentos aos envolvidos no âmbito esportivo, a depender das conclusões da Justiça comum.
Por ora, as investigações seguem em sigilo quanto a alguns dos nomes e estados envolvidos, mas a operação representa um movimento significativo das autoridades contra práticas que comprometem a integridade esportiva. Conforme a PCGO, o objetivo é desmantelar completamente a atuação do grupo criminoso e coibir novas tentativas de fraudes no futebol brasileiro.
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