Bruno Henrique em ação pelo Flamengo durante o jogo contra o Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro de 2022 (Foto: Reprodução/Flamengo/Flickr)
A Polícia Federal indiciou Bruno Henrique, atacante do Flamengo, sob suspeita de envolvimento em manipulação de resultado no Campeonato Brasileiro de 2023. Conforme as investigações, o jogador teria forçado a aplicação de um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, em 1º de novembro daquele ano, com o objetivo de beneficiar apostadores próximos a ele, incluindo familiares. O alerta inicial veio da International Betting Integrity Association (IBIA), que notificou a CBF sobre movimentações atípicas em casas de apostas.
A notícia do indiciamento de Bruno Henrique veio à tona nesta teça-feira (15), e pouco após as informações serem veiculadas, o Flamengo se manifestou através de uma nota à imprensa.
“O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique. O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito”.
A apuração identificou diálogos comprometedores entre Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, que revelam um suposto planejamento para receber o cartão. Em uma das mensagens, o jogador confirmou estar pendurado e mencionou a possibilidade de “entrar forte em alguém” para forçar a advertência. Wander, então, afirmou: “Boua já vou guardar o dinheiro, investimento com sucesso”. A PF acredita que essas conversas evidenciam a comunicação prévia da infração, facilitando apostas certeiras.
Outros familiares do jogador também estariam envolvidos. Wander apostou R$ 380,86 e obteve retorno de R$ 1.180,67. Ludymilla Lima, cunhada de Bruno, teria apostado em duas plataformas diferentes, totalizando quase R$ 2 mil em retorno. Já Poliana Cardoso, prima do atleta, também participou com valores semelhantes. A investigação separou os envolvidos em dois grupos: o familiar e outro formado por seis apostadores sem vínculos diretos com o jogador.
Além disso, a PF recuperou mensagens em que Bruno Henrique fala em movimentar R$ 10 mil semanalmente para participar de esquemas mais elaborados. Wander se mostrou interessado, mas o jogador recusou sua participação, alegando que tinham o mesmo sobrenome, o que poderia complicar as operações.
Outro momento chave foi a véspera da partida entre Flamengo e Santos. Bruno Henrique teria ligado para o irmão, supostamente para confirmar que forçaria o cartão. O jogador acabou recebendo dois cartões no jogo: um amarelo por falta e, posteriormente, um vermelho por ofensa ao árbitro. A assessoria do atacante, procurada, optou por não se manifestar até o momento.
Por fim, os investigadores também encontraram indícios de que o esquema envolvia apostas em corridas de cavalo, com Bruno citando o nome “Lajinha” como um possível laranja. A menção reforça a suspeita de que os ganhos com apostas já estariam garantidos. O caso segue em análise pelas autoridades, com expectativa de novos desdobramentos nos próximos dias.
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