Escudo da CBF (Foto: Reprodução)
O Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) formalizou uma mudança relevante nas orientações aos árbitros que atuam no Campeonato Brasileiro. A nova diretriz recomenda que infrações não sejam mais marcadas em lances com “contato sutil”, tanto em jogadas de falta quanto em situações de pênalti.
A medida surge como resposta a diversos lances polêmicos observados nas três primeiras rodadas da Série A de 2025. O comitê, composto pelos ex-árbitros Sandro Meira Ricci, Nicola Rizolli e Néstor Pitana, foi instituído com o objetivo de se posicionar acima da atual Comissão de Arbitragem e ditar diretrizes técnicas de maior amplitude. Conforme explicado, essas diretrizes devem nortear a conduta da equipe de arbitragem e do VAR.
Aliás, a recomendação se baseia na constatação de que o futebol é, por natureza, um esporte de contato físico e que nem todo toque deve ser interpretado como infração. “O jogo produz disputas interpretativas e, no caso desse lance específico, o contato entre os atletas, seja nas costas ou abaixo, é resultado de ações normais da partida”, avaliou o comitê em um de seus pareceres.
Entre os casos analisados pelo CCEI está o pênalti marcado em Raphael Veiga, do Palmeiras, contra o Sport. Para os especialistas, o defensor tocou primeiro na bola, e o contato subsequente foi acidental, sem movimento adicional que justificasse a penalidade.
“Consequentemente, a bola atinge a perna direita do atacante, desequilibrando-o e causando a queda. Uma situação clara para o auxílio do Árbitro Assistente de Vídeo”, destacaram.
Em outro exemplo, a expulsão do zagueiro Jonathan Jesus, do Cruzeiro, diante do Internacional, também foi reavaliada. O comitê concluiu que o toque que originou o cartão vermelho decorreu de uma disputa normal pela bola. O árbitro Marcelo Lima Henrique e a equipe de VAR foram afastados pela CBF após o episódio, assim como ocorreu no lance de Veiga.
Surpreendentemente, mesmo em jogadas com intensidade mais elevada, como no caso do gol do Vasco marcado por Vegetti após um empurrão com o braço direito no defensor do Sport, os especialistas não recomendaram a marcação de falta.
“O atacante usa o braço na busca por espaço e referência, o que tende a dificultar o salto do adversário, mas não configura uma infração clara”, explicaram.
Ainda assim, o comitê reforça que a interpretação deve prezar pela uniformidade, especialmente em lances aéreos na área. Dessa forma, a mesma jogada, caso invertida entre atacante e defensor, também poderia não resultar em penalidade, desde que o critério seja mantido.
Outra situação reavaliada foi o toque de mão de Gerson, do Flamengo, em partida recente. O comitê entendeu que o toque foi inesperado e que o braço do jogador estava em posição natural, descartando qualquer possibilidade de infração.
Embora a Comissão de Arbitragem, presidida por Rodrigo Martins Cintra, não tenha emitido posicionamento oficial sobre os pareceres, a CBF deixa evidente que os novos critérios refletem um esforço por maior coerência nas decisões de campo. Afinal, a nova linha de conduta busca reduzir a subjetividade nas decisões, principalmente em jogadas que envolvem toques mínimos.
Desde 2020, quando foi contratado pelo Flamengo, Pedro se tornou um dos nomes mais importantes…
Pedro enfrenta incerteza sobre sua presença na decisão da Libertadores, marcada para quarta-feira (29 de…
Com passagem marcada por altos e baixos no Flamengo, o zagueiro Pablo está perto de…
A sequência de partidas recentes do Flamengo pelo Brasileirão expôs uma fragilidade defensiva que tirou…
Mesmo após a derrota no clássico contra o Fluminense, o Flamengo se manteve na liderança…
A derrota do Flamengo no clássico contra o Fluminense, por 2 a 1, na noite…