Pedro Lourenço de Oliveira, dono da SAF do Cruzeiro (Foto: Reprodução/Instagram)
Há exato um ano, em uma movimentação histórica para o Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno formalizou a venda de 90% das ações da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do clube a Pedro Lourenço, fundador da rede Supermercados BH. Oficializada em 29 de abril de 2024, a transição trouxe novas promessas e mudanças profundas – tanto na estrutura administrativa quanto no planejamento esportivo da equipe.
Ao assumir o controle da SAF, Pedro Lourenço, também conhecido como Pedrinho, deu início a uma reformulação significativa no departamento de futebol. Com a saída de nomes ligados à gestão anterior, como Gabriel Lima e Paulo Autuori, novas lideranças surgiram. Entre elas Alexandre Mattos como CEO de futebol e Paulo Pelaipe na diretoria executiva.
A nova administração realizou contratações de impacto ainda nos primeiros meses, gastando aproximadamente R$ 173,55 milhões. Chegaram ao clube o goleiro Cássio, o zagueiro Jonathan Jesus, os volantes Matheus Henrique, Walace e Fabrício Peralta, além dos atacantes Kaio Jorge e Lautaro Díaz. Posteriormente, o Cruzeiro também exerceu a opção de compra de Matheus Pereira e João Marcelo.
Apesar do entusiasmo inicial, os resultados desportivos frustraram parte dos torcedores. O Cruzeiro amargou uma eliminação precoce na Copa do Brasil diante do Sousa e perdeu a final do Campeonato Mineiro para o Atlético, o que resultou na demissão do técnico Nicolás Larcamón. Fernando Seabra foi escolhido como sucessor e, a princípio, respondeu positivamente.
Entretanto, conforme a temporada avançava, a relação entre Seabra e a diretoria se desgastou. Um áudio vazado, no qual Pedrinho cobrava o treinador sobre a utilização de reforços recém-contratados, precipitou a queda do técnico.
Fernando Diniz, campeão da Libertadores e então técnico da seleção brasileira, foi contratado como sucessor pouco depois. O técnico, porém, não conseguiu evitar o vice-campeonato na Sul-Americana, tampouco assegurar vaga na Libertadores de 2025. O fim do ciclo ocorreu no início desta temporada, após desentendimento e declarações públicas.
Para 2025, a gestão celeste apostou na contratação do português Leonardo Jardim. A reformulação no elenco foi intensa: chegaram jogadores como Fabrício Bruno, Fagner, Christian, Eduardo, Rodriguinho, Gabi, Marquinhos, Bolasie e Dudu. A folha salarial ultrapassou os R$ 20 milhões, consolidando o Cruzeiro entre as equipes de maior investimento no país.
Apesar dos esforços, a Raposa sofreu nova eliminação no Campeonato Mineiro, desta vez na semifinal contra o América, e começou mal a campanha na Sul-Americana. Entretanto, no Campeonato Brasileiro, o desempenho inicial foi promissor, com o time figurando no G4.
As turbulências, contudo, seguiram fora das quatro linhas. Uma das principais contratações do novo projeto, Dudu tornou-se centro de polêmica após demonstrar insatisfação com a reserva. Cortado da partida contra o Vasco, o atacante, segundo informações internas, foi afastado não apenas pelas declarações públicas, mas por questões internas ainda não totalmente esclarecidas. Em declaração recente, Pedro Lourenço deixou claro, ainda que informalmente, que a saída do jogador é considerada.
No aspecto financeiro, o Cruzeiro divulgou um déficit de R$ 169,9 milhões em 2024, mesmo com aumento da receita operacional líquida para R$ 282,7 milhões. O endividamento, considerado um desafio antigo do clube, alcançou R$ 981 milhões. O aumento das despesas com atividades esportivas, em especial salários e encargos, foi um dos fatores que pressionaram as contas.
Pedrinho, ciente dos obstáculos, estabeleceu metas claras para a temporada: conquistar vaga na Libertadores e assegurar ao menos um título entre as competições em disputa.
No futebol feminino, o cenário foi de crescimento. Apesar das dúvidas iniciais, a gestão manteve e até ampliou os investimentos, resultando em conquistas importantes como o tricampeonato mineiro e a melhor campanha da história do clube no Campeonato Brasileiro. Com um aporte de R$ 10,5 milhões, o Cruzeiro contratou 13 atletas e realizou sua primeira venda internacional, transferindo a volante Rebeca para o Houston Dash.
A Raposa volta a campo nesta quinta-feira (1º de maio), às 21h30, para enfrentar o Vila Nova pela Copa do Brasil, no Mineirão. Já no Brasileirão, o desafio seguinte será contra o Flamengo, no domingo (04), às 18h30, em Belo Horizonte. Em paralelo, busca a primeira vitória na Copa Sul-Americana diante do Mushuc Runa, em jogo marcado para 07 de maio, às 21h30 (de Brasília).
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