Jorge Jesus durante partida do Flamengo no estádio do Maracanã (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
A Confederação Brasileira de Futebol enfrenta, atualmente, um cenário diplomático delicado nos bastidores da seleção principal. O técnico Jorge Jesus, há muito cortejado pela entidade, tornou-se novamente o nome mais forte para assumir o comando da equipe. Entretanto, conforme revelou o jornalista Rodrigo Mattos, o português ficou profundamente contrariado com a postura da CBF durante as negociações anteriores com Carlo Ancelotti.
A princípio, a CBF manteve conversas paralelas com Jesus, conduzidas diretamente por Ednaldo Rodrigues e também por meio do empresário do treinador. Contudo, o avanço das tratativas com Ancelotti acabou interrompendo os diálogos com o português. Isso, segundo Mattos, gerou um desgaste considerável: Jorge Jesus não aceita ser tratado como plano B e, embora almeje dirigir a Seleção Brasileira, espera agora um movimento claro de valorização.
“A CBF terá de fazer afagos e acenos para mostrar que ele é o nome escolhido”, afirmou o colunista, ressaltando que a entidade precisará reafirmar a centralidade do treinador em seu projeto rumo à Copa do Mundo de 2026.
Atualmente no Al-Hilal, da Arábia Saudita, Jesus não descarta deixar o clube, especialmente após a eliminação na Champions da Ásia. Segundo a imprensa local, inclusive, ele pode ser demitido a qualquer momento.
Além do componente simbólico da negociação, o entrave financeiro também é considerável. O salário mensal de Jorge Jesus no futebol saudita gira em torno de 1,04 milhão de euros — cerca de R$ 6 milhões — totalizando aproximadamente R$ 72 milhões por ano.
A CBF, que estava disposta a oferecer cifras similares a Ancelotti, deverá avaliar se poderá estender a mesma proposta ao português, especialmente diante das exigências de uma saída antecipada do Al-Hilal, que envolve o pagamento de uma multa rescisória.
A escolha por Ancelotti sempre foi a primeira opção da CBF. Não à toa, Ednaldo Rodrigues conduziu pessoalmente as conversas com o treinador italiano, contando inclusive com o auxílio de interlocutores externos ao futebol. Contudo, as dificuldades impostas pelo Real Madrid impediram um desfecho. O clube espanhol não demonstrou interesse em liberar seu técnico antes do fim do contrato, previsto para junho.
Nesse contexto, a alternativa Jorge Jesus se fortaleceu. A entidade já estava ciente de que ele poderia negociar sua liberação antes do Mundial de Clubes, em junho, o que acelera o cronograma para a possível chegada ao comando da seleção. Ainda assim, a relação abalada exige mais do que apenas formalidades: será necessário, segundo Mattos, um gesto firme de Ednaldo Rodrigues para reabrir os canais de diálogo e reparar o desgaste.
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