Neymar pelo Santos (Foto: GuilhermeKastner / Santos FC)
Apresentado oficialmente como novo técnico do Santos nesta quarta-feira (30), Cléber Xavier iniciou sua trajetória à frente da equipe alvinegra ciente da inevitável comparação com Tite, com quem dividiu o banco por 24 anos. Ainda assim, reforçou que o momento marca o início de sua carreira solo. Outro desafio à frente do Peixe será em relação ao aproveitamento de Neymar.
“É inevitável que isso vá acontecer. Mas não tenho como temer”, afirmou, destacando o desejo de reproduzir no clube paulista a solidez construída ao lado do ex-treinador da Seleção.
Aos 61 anos, o gaúcho de Alegrete assume seu primeiro desafio como treinador de um time profissional. Com uma trajetória marcada por passagens por grandes clubes e pela Seleção Brasileira, Cléber também traz ao Santos membros da antiga comissão técnica de Tite, como Matheus Bachi, Vinicius Marques e Fábio Mahseredjian. Apesar disso, garantiu que sua escolha não tem relação com um eventual retorno do ex-comandante ao futebol.
Em meio ao novo desafio, o reencontro com Neymar foi tema recorrente. Cléber Xavier reconheceu publicamente que errou ao afirmar anteriormente que não via o camisa 10 atuando novamente no futebol brasileiro.
“Errei, né? Imaginava uma coisa e aconteceu outra”, confessou. O técnico relatou que, ao chegar ao clube, o primeiro atleta com quem teve contato foi justamente Neymar. “Ele me disse que estava feliz por estar comigo, e eu também estou feliz por estar com ele.”
A boa relação entre ambos remonta ao período em que trabalharam juntos na Seleção. Para Cléber, Neymar sempre foi uma figura positiva no grupo. “Nunca foi problema, sempre foi solução, dentro e fora de campo”, declarou.
Mesmo lesionado, o atacante tem contribuído fora das quatro linhas. “Ele faz isso muito bem, se preocupa, traz alegria ao vestiário”, ressaltou o técnico, valorizando o impacto extracampo do jogador.
A respeito do posicionamento do astro, Cléber reforçou que o vê em funções variadas, dependendo do contexto do jogo. “No Barcelona e na Seleção, ele atuava pela esquerda. Depois, passou a jogar por dentro, como meia de aproximação, sem ser armador. Ele é arco e flecha ao mesmo tempo”, explicou.
Ainda sobre seu estilo de jogo, o novo comandante destacou que prefere não se prender a um esquema fixo. A depender do adversário e das circunstâncias, a equipe pode variar entre formações com dois pivôs, pontas abertos ou meia flutuando entre as linhas.
“Não é ficar preso ao sistema, mas sim desenvolver um modelo que nos leve ao último terço do campo com eficiência”, afirmou. Independentemente da tática, Cléber foi enfático: “Entrega ao trabalho é algo inegociável”.
Durante a coletiva na Vila Belmiro, Cléber comentou a atual situação do clube. O time ocupa a penúltima colocação no Campeonato Brasileiro, com apenas quatro pontos. Para ele, o foco imediato é a estreia na terceira fase da Copa do Brasil, contra o CRB, marcada para quinta-feira (01º), às 18h.
“Temos que trabalhar jogo a jogo e buscar uma forma de jogar que nos leve aos resultados”, pontuou. Sobre reforços na janela de transferências do meio do ano, o treinador disse que a discussão será feita com calma, após uma avaliação do elenco.
O contrato firmado com o Santos vai até dezembro deste ano, com cláusula de rescisão inferior à do ex-técnico Pedro Caixinha, cujo valor girava em torno de R$ 15 milhões. A escolha de Cléber, mesmo sem experiência como treinador principal, foi defendida pelo CEO Pedro Martins.
“Dentro do que procurávamos para a temporada, entendemos que ele tinha todas as ferramentas. Era a decisão certa”, argumentou.
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