Filipe Luís pelo Flamengo (Fotos: Gilvan de Souza/Flamengo)
O desempenho recente de Bruno Henrique no Flamengo, sobretudo na partida contra o Botafogo-PB pela Copa do Brasil, reacendeu questionamentos sobre sua utilização em campo. A análise mais contundente veio de Juca Kfouri, que criticou abertamente a insistência de Filipe Luís em escalar o atacante mesmo diante de um contexto psicológico claramente adverso.
Conforme destacou o colunista, o camisa 27 deixou o gramado aos 72 minutos no Castelão, após atuação considerada apática e sem inspiração. Para Kfouri, o treinador demonstra teimosia ao manter Bruno Henrique entre os titulares, ignorando não apenas o rendimento técnico insuficiente, mas também o momento pessoal turbulento do jogador.
“Será que ele não percebe que, contrariamente ao que tem dito, poupá-lo enquanto se defende do que há contra ele está longe de significar a condenação do craque?”, questionou o jornalista.
A crítica do comentarista não se restringe ao aspecto técnico. Segundo ele, ao ser mantido no time titular, Bruno Henrique é, na prática, exposto a um ambiente que não contribui para sua recuperação. “BH está claramente sem nenhuma condição psicológica para desempenhar seu ofício e expô-lo não o ajuda”, escreveu Juca, sugerindo que a permanência do jogador no banco seria um gesto de proteção, e não de punição.
De fato, a participação do atacante na vitória por 1 a 0, na última quinta-feira (01), foi marcada por erros decisivos. Bruno Henrique desperdiçou, no mínimo, três grandes oportunidades de gol, que revelou um total de 12 chances criadas e 24 finalizações por parte do time carioca. Embora o domínio territorial e a superioridade técnica do Flamengo tenham sido evidentes — com 68% de posse de bola e 714 passes trocados com 90% de precisão —, a ineficiência nas finalizações quase comprometeu o resultado.
Ainda assim, Filipe Luís elogiou a postura ofensiva da equipe e lamentou apenas a falta de eficácia diante do gol adversário. O técnico afirmou que “o brilho na frente do goleiro estava apagado”, em referência direta à atuação ofensiva do time. Entretanto, evitou atribuir responsabilidades individuais pelo baixo aproveitamento nas finalizações.
Para Juca Kfouri, porém, não há como dissociar o desempenho coletivo do momento pessoal de jogadores específicos. Em sua visão, o treinador deveria considerar o abalo emocional de Bruno Henrique, principalmente diante das investigações que envolvem o atleta em um suposto caso de manipulação de apostas esportivas. “Expô-lo não é ajudá-lo”, reiterou.
Apesar dos tropeços na finalização, a atuação do Flamengo também trouxe pontos positivos. A defesa completou o sexto jogo consecutivo sem sofrer gols, e jovens como Joshua e João Victor aproveitaram a oportunidade para se destacar.
Joshua, inclusive, marcou o gol da vitória em sua estreia pelo time profissional, aos 85 minutos, e foi carinhosamente abraçado por Bruno Henrique fora de campo — gesto simbólico para Kfouri, que afirmou: “onde deveria permanecer”.
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