Torcida do Santos promove cenas de pânico na Vila Belmiro - Foto: Reprodução
A noite de quinta-feira (01) foi marcada por tensão nos arredores da Vila Belmiro, após o empate por 1 a 1 entre Santos e CRB, pela terceira fase da Copa do Brasil. O resultado representou mais um tropeço da equipe alvinegra em momento crítico da temporada e gerou insatisfação profunda entre torcedores organizados, culminando em um confronto direto com a Polícia Militar.
A partida foi dramática. O goleiro Gabriel Brazão salvou o time da derrota ao defender um pênalti nos acréscimos, porém, apesar do feito, o clima era de desânimo e revolta. Ainda nas arquibancadas, gritos de protesto como “time sem vergonha” e “chega de paz, eu amo a violência” ecoaram de maneira agressiva, refletindo a crise técnica e institucional enfrentada pelo clube.
A irritação dos torcedores não se limitou às palavras: muitos buscaram se aproximar da entrada do vestiário e da sala de imprensa, sendo contidos por seguranças. Na tentativa de furar bloqueios internos, uma das portas de vidro foi quebrada entre o setor das organizadas e a área das cadeiras cativas. Um torcedor, ao tentar sair com sua família da confusão, chegou a estilhaçar o vidro propositalmente para viabilizar a fuga.
O tumulto também se estendeu ao portão principal do estádio, onde grupos tentaram forçar passagem para outros setores. A Polícia Militar interveio com bombas de gás lacrimogêneo, o que provocou correria e sensação de sufocamento inclusive entre crianças, mulheres e profissionais de imprensa, muitos deles retidos nas cabines para se proteger.
Conforme relatos, a confusão alcançou o quarto andar do estádio, onde fica o camarote presidencial. O presidente Marcelo Teixeira deixou o local sem falar com a imprensa. Do lado externo, a PM utilizou bombas de efeito moral para dispersar a multidão, agravando ainda mais a atmosfera hostil.
Esse cenário caótico foi precedido por uma sequência de eventos que já indicavam o grau de insatisfação da torcida. Na segunda-feira (28), membros da principal organizada do clube invadiram o CT Rei Pelé para cobrar postura dos jogadores e da comissão técnica. A pressão pela saída de Pedro Caixinha, então treinador, havia crescido desde a derrota contra o Bahia.
Com a demissão confirmada no dia 14 de abril, César Sampaio assumiu interinamente e comandou o time por três jogos até a chegada de Cléber Xavier, anunciado oficialmente na última terça-feira (29). Após a estreia diante do CRB, o novo técnico reconheceu a gravidade da situação.
“Sabia que qualquer resultado negativo poderia trazer ainda mais pressão externa”, declarou. A torcida, que já demonstrara apoio a Sampaio em reuniões anteriores, exigia reação imediata. No entanto, a sequência de empates e derrotas deixou o ambiente insustentável. O clube soma apenas uma vitória em seis rodadas do Campeonato Brasileiro e ocupa posição próxima da zona de rebaixamento.
Historicamente, a Vila Belmiro já foi palco de episódios semelhantes. Em 2023, o estádio chegou a ser interditado por seis partidas devido a conflitos parecidos, durante a campanha que culminou no rebaixamento à Série B. O episódio mais recente reacende o alerta sobre a reincidência de atos violentos e sobre a fragilidade da segurança nas partidas realizadas no local.
O próximo compromisso do Santos será no domingo (04), às 16h, contra o Grêmio, fora de casa. A expectativa é de um forte esquema de segurança nos próximos jogos, tanto em Santos quanto em outras cidades.
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