Miguelito passa a noite preso após ser acusado de injúria racial - Foto: Divulgação/América-MG
O meia-atacante boliviano Miguel Ángel Terceros Acuña, conhecido como Miguelito, foi liberado nesta segunda-feira (05), em Ponta Grossa, após ter passado a noite detido por conta de uma acusação de injúria racial. O jogador do América-MG, emprestado pelo Santos, foi preso em flagrante na madrugada anterior logo após o confronto contra o Operário, pela Série B, realizado no estádio Germano Krüger.
A denúncia foi feita pelo atacante Allano, da equipe paranaense, que alegou ter sido chamado de “negro cagão” durante o segundo tempo da partida. O árbitro ativou o protocolo antirracista, embora tenha registrado na súmula que nenhum membro da equipe de arbitragem ouviu diretamente a suposta ofensa. Nenhuma imagem da transmissão oficial teria captado o momento exato em que o episódio teria ocorrido.
Conforme relato do delegado Gabriel Munhoz, da Polícia Civil do Paraná, a prisão de Miguelito se deu com base nos depoimentos de Allano e do capitão do Operário, Jacy, que presenciou a discussão. Entretanto, houve divergências nas versões apresentadas. Allano, posteriormente, teria alterado a declaração, citando outra frase com teor ofensivo. Já Jacy mencionou apenas ter escutado a palavra “negro”.
Durante a audiência de custódia realizada nesta segunda-feira, o jogador foi liberado para retornar a Belo Horizonte, onde seguirá treinando normalmente. A investigação, porém, continua em andamento, e a Polícia Civil solicitou imagens adicionais do jogo à ESPN a fim de esclarecer os fatos.
O clube mineiro se manifestou de forma firme em defesa do atleta. Em nota oficial, Alencar da Silveira Júnior, presidente do Conselho Administrativo do América-MG, afirmou: “Após criteriosa apuração interna e análise dos fatos disponíveis, não foi identificada qualquer atitude, gesto ou declaração do jogador que possa, sob qualquer ângulo, ser interpretada como discriminatória. Miguel Terceros sempre demonstrou conduta ética, respeito e espírito esportivo”.
Aliás, o América-MG acompanhou o caso à distância, mantendo contato com a defesa do atleta. Dois advogados foram acionados para representá-lo durante os procedimentos legais. Ainda segundo fontes ligadas ao jogador, a prisão não foi sustentada por ausência de provas conclusivas, e, caso o processo seja arquivado, há possibilidade de que Miguelito processe Allano por danos à sua imagem.
Por outro lado, o atacante do Operário utilizou as redes sociais para se posicionar de maneira firme. “Ser ofendido pela cor da minha pele é algo doloroso, revoltante e, acima de tudo, inaceitável”, escreveu Allano, destacando que não pretende se calar diante de episódios de racismo. “O futebol, como a sociedade, precisa dizer basta ao racismo. Precisamos de justiça, responsabilidade e, sobretudo, empatia”, completou.
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