Emiliano Díaz no Corinthians (Foto: Reprodução/Instagram)
Aos 42 anos, Emiliano Díaz parece finalmente pronto para traçar seu próprio caminho no futebol, rompendo com o papel de auxiliar técnico que o acompanha há mais de uma década. Filho de Ramón Díaz, técnico consagrado na América do Sul e campeão por clubes como River Plate, ele compartilhou de forma contundente um sentimento antigo, mas até então não concretizado: o desejo de comandar uma equipe como treinador principal.
“Chegaram ofertas para mim. Estive muito perto de fechar e seguir meu caminho. Mas se chegar uma oportunidade e o Ramón quiser seguir também… Porque eu sempre falo: eu não me sinto auxiliar”, declarou, em entrevista concedida durante período de descanso no Rio de Janeiro.
A afirmação marca um ponto de inflexão em sua trajetória, até então vivida sob a sombra do pai, com quem dividiu a beira do campo em clubes como Vasco, Botafogo e Corinthians, além da seleção paraguaia.
Embora sempre tenha atuado como braço direito de Ramón, Emiliano deixa claro que sua identidade no futebol vai além do sobrenome. Segundo ele, a carga de ser filho de um ícone do esporte nunca o intimidou. Pelo contrário, fortaleceu sua resiliência.
“Não sinto pressão. Se ganhava, ganhava o Ramón. Se perdia, perdia o Emiliano”, refletiu, ao relembrar as críticas que enfrentou especialmente em seus primeiros trabalhos no River Plate e na seleção do Paraguai.
O treinador, que se aposentou dos gramados aos 28 anos após uma carreira como volante mediano, atribui grande parte de sua formação ao convívio com lendas do vestiário argentino. Figuras como Astrada, Ortega e Gallardo foram fundamentais em sua compreensão do que é ser líder dentro e fora de campo. “Esses caras me ensinaram muitos códigos de vestiário, fundamentais para eu me tornar um treinador”, afirmou.
Apesar da imagem de auxiliar fiel, Emiliano afirma que já teve oportunidades reais para se desligar do trabalho em dupla com o pai e seguir carreira solo. “Estive muito perto de fechar e seguir meu caminho”, reiterou, deixando subentendido que essa separação está cada vez mais próxima de se concretizar.
Ele não esconde que, caso surja uma chance concreta, tomará a frente sem receio, respaldado pela experiência acumulada ao longo dos anos e pela confiança adquirida na condução de elencos em situações complexas.
A vivência em clubes brasileiros também deixou marcas profundas. No Corinthians, Emiliano celebrou conquistas e saiu com a sensação de dever cumprido. No Vasco, evitou um rebaixamento em cenário crítico. Já no Botafogo, sua passagem foi ofuscada por um momento delicado da saúde do pai. Ainda assim, ele garante que a experiência o amadureceu. “Quando você vê que suporta a pressão e o trabalho dá certo, o jogador reconhece”, disse.
Emiliano acredita que seu estilo de liderança — próximo ao elenco e atento ao lado emocional dos atletas — foi determinante para os resultados obtidos. Para ele, o futebol não se resume à parte tática. “Você tem que mandar uma mensagem que o seu coração sente para o seu grupo. Depois são eles que vão ter que te defender lá dentro”, explicou.
Atualmente, Emiliano se vê em um momento de transição. Está consciente de sua capacidade e não teme as críticas. Ainda mais, entende que o reconhecimento pelo seu trabalho começa, finalmente, a se sobrepor à figura do pai. “Já tenho o respeito que conquistei como treinador, então é diferente”, concluiu.
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