Escudo da CBF (Foto: Reprodução)
A Confederação Brasileira de Futebol alcançou um patamar de solidez financeira inédito ao registrar, ao fim de 2024, um total de R$ 2,4 bilhões em caixa. O montante representa, simbolicamente, o equivalente a 26 vezes o que o Flamengo — considerado um dos clubes mais ricos do país — possuía no mesmo período, com seus R$ 92 milhões em caixa e aplicações financeiras.
Tal cenário destaca a discrepância entre a realidade da entidade que comanda o futebol nacional e a de clubes frequentemente assolados por dívidas e dificuldades para honrar compromissos ao fim da temporada.
Esse salto na reserva financeira da CBF foi alavancado, primordialmente, por um novo acordo com a Nike. A renovação da parceria, válida até 2038, garantiu receitas expressivas já em 2024: foram R$ 435 milhões em antecipações referentes aos anos de 2025 e 2026, além de um bônus de R$ 920 milhões pela assinatura da extensão contratual. Apenas esses dois aportes somam R$ 1,355 bilhão, praticamente todo o acréscimo registrado nas contas da confederação durante o ano.
Além desses valores já recebidos, o contrato ainda prevê pagamentos trimestrais, royalties com garantia mínima (variando conforme a venda de produtos licenciados) e bônus por desempenho em competições. Todos esses termos colocam a Nike em uma posição de patrocinadora estratégica, que se diferencia das práticas habituais do mercado com clubes.
Ao fechar um acordo tão robusto, a fornecedora americana não apenas assegurou visibilidade da marca, mas também injetou fôlego financeiro em uma instituição que não apresenta passivos relevantes.
A saúde financeira da CBF se evidencia ainda mais ao considerar que a entidade não enfrenta obrigações típicas de clubes, como quitação de folhas salariais ou renegociação de dívidas com credores. Em 2024, por exemplo, a receita operacional da confederação atingiu R$ 1,3 bilhão, valor expressivo para uma instituição que atua como organizadora do futebol nacional e não como participante direta das competições.
O destino desses recursos segue critérios já estabelecidos pela entidade. Parte é destinada à manutenção das seleções — masculina, feminina e de base — e outra parte cobre os custos operacionais internos. Há também aportes relevantes a clubes das Séries B, C e D, além de transferências para federações estaduais, as quais têm papel central no processo eleitoral da confederação.
Conforme os próprios documentos da CBF, tais repasses integram o programa de “contribuição ao fomento do futebol nos Estados”.
Entretanto, mesmo diante de cifras inéditas e uma estrutura financeira estabilizada, o ambiente político da CBF permanece instável. O presidente Ednaldo Rodrigues tem enfrentado resistência nos bastidores desde o início de seu mandato e, recentemente, afirmou ter sobrevivido a uma tentativa de destituição. “Houve um golpe, mas resistimos”, declarou em seu discurso de reeleição.
A situação expõe uma contradição peculiar: enquanto a CBF vive seu ápice financeiro, com distribuição recorde de recursos e parcerias comerciais robustas, seu comando segue sob constante tensão política.
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