Gabigol, do Cruzeiro, revela planos após aposentadoria

Aos 28 anos e com mais quatro anos de contrato pela frente no Cruzeiro, Gabigol já começa a desenhar os rumos de sua trajetória após pendurar as chuteiras. Em entrevista recente, o jogador revelou o desejo de seguir no futebol, mas de uma forma diferente: como CEO, principalmente no futebol feminino. O atacante demonstrou interesse em atuar nos bastidores, coordenando contratações e fortalecendo a ligação entre as diversas áreas do clube, algo semelhante ao que Alexandre Mattos realiza atualmente no Cruzeiro. “Queria muito fazer isso. Se fosse possível, queria começar no feminino. Um CEO para contratar, fazer essa ligação. Isso é algo que eu gostaria de fazer”, afirmou Gabigol.

O interesse do jogador pelo futebol feminino não é recente. Gabigol acompanha de perto as competições do futebol europeu, além de ter acompanhado de maneira dedicada o Flamengo enquanto vestia a camisa rubro-negra. Desde que chegou ao Cruzeiro, a relação com o time feminino se intensificou. Em sua apresentação no clube, em janeiro, a camisa 10 da equipe feminina, Byanca Brasil, marcou presença, evidenciando a proximidade entre os dois. Nos meses seguintes, Gabigol chegou a assistir alguns treinos das jogadoras na Toca da Raposa.

Além do futebol, Gabigol também mencionou suas outras paixões: moda e música. No entanto, deixou claro que a função de treinador não está em seus planos. O foco está mesmo na gestão e na coordenação de equipes, áreas que despertam seu interesse. Segundo o jogador, o trabalho de um CEO envolve justamente essa ligação entre treinador, diretoria e jogadores, algo que ele considera essencial para o bom funcionamento de um clube. “Música e moda, certeza. Treinador é muito difícil. O que eu gosto muito é da ligação entre treinador, diretoria, jogadores… algo perto do que o Alexandre faz”, comentou.

A ligação com Byanca Brasil e Bárbara Fonseca, executiva do futebol feminino do Cruzeiro, reforça o desejo de Gabigol em contribuir para o desenvolvimento da modalidade. Ele chegou a brincar que não pretende “derrubar” Bárbara de sua posição, mas que gostaria de ajudar em algum momento. A relação próxima com as jogadoras e a vontade de atuar nos bastidores indicam um caminho que pode ser promissor para o atleta, caso se concretize essa transição após o término de sua carreira nos gramados.

Embora tenha demonstrado conhecimento sobre o funcionamento do futebol feminino e interesse em exercer um papel de liderança, Gabigol reconheceu que ainda não sabe se esse cargo de CEO existe formalmente nos clubes brasileiros. No entanto, deixou claro que a vontade de contribuir e de estar próximo das jogadoras, da comissão técnica e da diretoria é real. “Não sei se tem esse cargo (de CEO) nos clubes, mas é algo que eu gostaria muito. Estar perto das meninas, do treinador, do presidente, passar o que acho certo e errado”, completou.

Assim, o futuro de Gabigol pode estar alinhado com o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil, trazendo sua experiência de dentro dos campos para o ambiente administrativo. Caso essa transição se concretize, o atacante poderá se tornar um dos primeiros ex-atletas de alto nível a ocupar um cargo de gestão no futebol feminino, reforçando ainda mais a importância da modalidade no cenário esportivo nacional.