O Cerro Porteño se manifestou oficialmente após cenas lamentáveis de racismo ocorridas durante o confronto contra o Palmeiras, pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, no Estádio Nueva Olla, em Assunção. O clube paraguaio afirmou que está empenhado em identificar e sancionar os autores dos gestos discriminatórios registrados durante a partida.
Conforme divulgado em nota, ao menos três indivíduos foram flagrados em imagens reproduzindo atos ofensivos de cunho racial direcionados à torcida do Palmeiras. Um deles imitou um macaco, outro vestia uma camisa com estampa do animal e um terceiro foi visto esfregando a pele do braço com a mão, gesto comumente associado à cor da pele.
Diante da repercussão, o clube assegurou que tomará medidas com a maior agilidade possível para identificar os responsáveis. “Uma vez identificado, o torcedor será sancionado com expulsão do quadro de sócios – caso seja – e/ou com a proibição de entrada no estádio, além de colocado à disposição das autoridades desportivas e nacionais para que receba as punições previstas pela legislação vigente”, afirmou a nota.
Apesar do posicionamento institucional, há um entrave jurídico relevante: o Paraguai não possui, atualmente, legislação que tipifique o racismo como crime, o que limita o alcance das penalidades judiciais aos envolvidos. Ainda assim, o Cerro ressaltou o compromisso com campanhas permanentes contra a discriminação e defendeu que tais comportamentos “danificam o esporte e mancham a festa do futebol”.
Em tom enfático, a nota diz ainda que o clube não utilizará o episódio para fins políticos ou promocionais. “Reiteramos nosso compromisso genuíno com a erradicação desses atos que danificam o esporte e de suprimir toda conduta, manifestação de racismo, xenofobia e discriminação nos locais desportivos”, completou o texto.
Em paralelo, a Conmebol confirmou a abertura de um processo disciplinar para apuração do caso. A entidade analisará as provas coletadas, incluindo os vídeos que circularam nas redes sociais, e poderá aplicar sanções conforme seu regulamento disciplinar.
O Palmeiras, por sua vez, emitiu nota ainda na madrugada de quinta-feira (08), expressando repúdio às agressões sofridas por sua torcida. O clube cobrou ações concretas das autoridades locais e do Cerro Porteño, questionando se a sanção aplicada em episódio anterior, envolvendo o atacante Luighi, havia sido suficiente para prevenir novas ocorrências. “Quais providências serão tomadas desta vez?”, perguntou a diretoria alviverde, em um dos trechos do comunicado.
Vale lembrar que recentemente o Palmeiras também precisou lidar com caso semelhante em seu próprio estádio. Na ocasião, um torcedor identificado cometendo ato racista contra torcedores paraguaios foi expulso do quadro de sócios e será acionado judicialmente pelo clube, que busca ressarcimento da multa de 50 mil dólares aplicada pela Conmebol.
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