Escudo do Santos (Foto: Raul Baretta/Santos FC)
A trajetória de Zé Rafael ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (09), com sua apresentação oficial como reforço do Santos. O meio-campista, de 31 anos, chegou ao clube após um período conturbado no Palmeiras, marcado por limitações físicas severas causadas por uma condição na coluna chamada espondilolistese — um desalinhamento entre vértebras que gera dor crônica e redução da mobilidade.
Durante a coletiva, o jogador não escondeu o alívio por estar livre da dor constante que o acompanhou durante toda a temporada anterior. “Quando voltei neste ano, já tinha conversado com os médicos. Falei que, se eu tivesse que passar outro ano com as mesmas dores, não continuaria, iria parar de jogar”, revelou, emocionado. Segundo ele, as dores o afetavam não apenas nos treinos e jogos, mas também nas tarefas simples do cotidiano.
A recuperação veio após um procedimento cirúrgico inédito para um atleta de alto rendimento no futebol. A operação, realizada em fevereiro pelo doutor Alberto Godfrid, utilizou enxertos ósseos autólogos, o que possibilitou a estabilização da região afetada.
Embora a previsão inicial fosse de quatro meses de recuperação, Zé Rafael surpreendeu ao reduzir esse prazo em um mês, o que o permitiu retomar os treinamentos com o grupo santista mais cedo do que o esperado.
Ainda em fase de recondicionamento, ele já treina normalmente e pode estrear pelo novo clube na partida contra o Ceará, marcada para acontecer no Allianz Parque — ironicamente, o estádio onde brilhou durante sete temporadas pelo Palmeiras. “Depois de tanto tempo fora, voltar e ser lá talvez o primeiro jogo pelo Santos… Isso faz parte. Estou preparado”, declarou.
A ida ao Santos, no entanto, não foi imediata. O atleta revelou que relutou em aceitar a proposta nas primeiras tentativas feitas pela diretoria alvinegra. Seu desejo inicial era dar a volta por cima no clube anterior. Contudo, diante da ausência de um planejamento compatível, optou por abraçar a nova oportunidade em Vila Belmiro.
“A ideia agora é apagar a má impressão do ano passado e mostrar que ainda posso ser destaque”, afirmou.
A temporada de 2024 foi, de fato, um ponto fora da curva em sua carreira. Mesmo apelidado de “Trem” em temporadas anteriores por sua regularidade e potência no meio-campo, o jogador perdeu espaço com Abel Ferreira e terminou o ano como reserva, atuando 37 vezes mesmo sob dor intensa. Apesar disso, evitou comentar publicamente sobre o problema, buscando não usar o quadro clínico como justificativa.
Agora, Zé Rafael demonstra foco em retomar o nível que o consagrou no cenário nacional. “Estou tentando voltar à minha forma. É óbvio que isso demora um pouco de tempo, mas estou feliz e satisfeito. Nossa equipe médica e técnica também está contente com o resultado”, frisou.
Sua reestreia nos gramados carrega um simbolismo particular, não apenas pelo reencontro com o estádio do ex-clube, mas por representar o recomeço de um jogador que esteve perto de encerrar a carreira precocemente. A expectativa interna é de que sua liderança e experiência possam agregar ao elenco santista, que atravessa processo de reconstrução sob nova comissão técnica.
Assim, o volante se prepara para virar a página, almejando não apenas atuar sem limitações físicas, mas também reconquistar espaço no futebol brasileiro — agora vestindo a camisa do Peixe.
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