Filipe Luís desembarcando com a delegação do Flamengo - Foto: Gilvan de Souza/CRF
O Flamengo reencontrou o caminho das vitórias ao bater o Bahia por 1 a 0, no Maracanã, no último sábado (10), pelo Campeonato Brasileiro. Mas, mais do que celebrar o triunfo, o técnico Filipe Luís chamou atenção para um problema antigo do futebol brasileiro que ainda causa impacto direto no desempenho das equipes: o calendário apertado.
Após o duelo contra o Bahia, Filipe Luís foi direto ao criticar a falta de tempo entre as partidas. “Quando há jogos a cada três dias, nenhum jogador consegue uma recuperação completa”, afirmou o técnico.
Além disso, ele destacou a sequência intensa da equipe: “Contra o Bahia, jogamos às 21h e a partida termina às 23h. O próximo jogo é às 21h30 de quinta-feira, e depois jogamos no domingo, às 16h. Muitas vezes, o intervalo é de menos de 72 horas. É um tempo muito curto, não há recuperação completa”.
Cabe ressaltar que, nesse ritmo, o trabalho técnico e tático também é prejudicado. “No aspecto tático, não temos condições de ir a campo com os jogadores para realizar treinos aquisitivos ou treinos longos, como fazemos em semanas cheias ou quando temos jogos a cada quatro ou cinco dias”, acrescentou o treinador.
Filipe Luís ainda ampliou o debate, apontando para consequências menos visíveis. “Existe o desgaste do sono, a sequência de jogos, as viagens, até a parte hormonal é afetada. Aí, alguns atletas acabam caindo de rendimento”, destacou.
Sendo assim, ele reforça a importância de um elenco qualificado para lidar com essas dificuldades: “Mas é para isso que temos um elenco qualificado: para superar esses obstáculos complicados e trabalhar a equipe para se recuperar e estar 100% para os jogos”.
O que Filipe Luís relatou se confirma na agenda recente do Flamengo. Antes de enfrentar o Bahia, o clube viajou à Argentina para encarar o Central Córdoba, pela Libertadores, na última quarta-feira (07). Com isso, o grupo precisou lidar com deslocamentos, treinos rápidos e concentração em curto espaço de tempo.
Desse jeito, fica claro por que o técnico cobra mudanças. Portanto, a fala de Filipe Luís é o reflexo de uma estrutura que exige revisão urgente. Isso porque, se o futebol brasileiro quer evoluir em competitividade e qualidade, ouvir quem está no dia a dia dos clubes é fundamental.
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