Marcelo Teixeira após a eleição do Santos em 2023 (Foto: Reprodução/Santos)
Durante reunião extraordinária realizada na quinta-feira (08), o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, descartou oficialmente qualquer possibilidade de construção de um novo estádio fora da Vila Belmiro. A confirmação veio após a assinatura de um novo Memorando de Entendimentos com a construtora WTorre, dando andamento ao projeto de uma arena moderna no terreno atual do clube, localizado no bairro homônimo, em Santos.
Segundo o dirigente, a escolha foi respaldada por estudos técnicos conduzidos em parceria com a Prefeitura e a WTorre. Esses levantamentos indicaram obstáculos significativos para a transferência da arena a outras regiões, como Cubatão, Praia Grande ou áreas próximas ao Porto de Santos, onde grupos internos defendiam a construção de um estádio com capacidade para 40 mil torcedores.
As principais dificuldades mencionadas envolveram ausência de infraestrutura, limitações legais e necessidade de desapropriações em áreas habitadas.
“A gente tem um lado histórico, um lado da tradição. Por aqui jogaram grandes astros do futebol mundial. É um dos principais pontos turísticos do país e que deve ser revitalizado. Assim poderemos dar mais conforto, mais segurança e beleza”, declarou Teixeira, reafirmando o compromisso de modernizar sem romper com as raízes do clube.
O mandatário ainda acrescentou que a nova estrutura terá também importância estratégica no aspecto financeiro: “Queremos modernizar e incrementar através de um equipamento importante, que resultará em um benefício também financeiro, para que o Santos FC continue com os seus projetos e seus planos ligados ao futebol”.
O projeto prevê a demolição da atual Vila Belmiro e a construção de uma nova arena no mesmo local, com capacidade para 30.108 pessoas, área total de 71 mil metros quadrados e custo estimado em R$ 700 milhões. De acordo com o cronograma estipulado, o clube iniciará em até 120 dias a comercialização de cadeiras cativas e camarotes.
Esta etapa será essencial para viabilizar financeiramente o empreendimento e assinar o contrato definitivo com a construtora responsável.
Conforme o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Vidal Akaoui, a reunião teve como objetivo apresentar com mais profundidade os detalhes da parceria e esclarecer as alterações realizadas no modelo inicial do projeto.
“Hoje houve um maior detalhamento não apenas do projeto conceitual da arena e mostrou que os conselheiros gostaram muito do que viram, mas também dos detalhes da parceria. Foram realizadas significativas alterações, benéficas para o Santos FC”, afirmou Akaoui.
Apesar da decisão já formalizada, parte dos conselheiros se posicionou de forma crítica à proposta. Representantes desse grupo sugerem alternativas em bairros como Valongo, Macuco e o final da Avenida Conselheiro Nébias, com áreas que, segundo eles, poderiam comportar estádios maiores, com estrutura adequada para grandes eventos e estacionamento.
Eles argumentam ainda que o valor arrecadado com a venda das cadeiras cativas, inicialmente orçado em R$ 200 milhões, poderia ser redirecionado para compra de terrenos e realização de obras por meio de licitação com outras empresas, além da WTorre.
Conforme enfatizado por Teixeira, a realidade técnica e administrativa impõe limites concretos às aspirações de mudança. “Se questiona: mas por que não fazer um estádio para 50 mil pessoas? É possível fazer? Pode até acontecer. Em outro espaço, em São Paulo… Só que hoje, concretamente, não existe essa possibilidade. Qual a possibilidade que existe? É fazer uma adequação da Vila Belmiro”, afirmou.
A proposta visa preservar um dos símbolos mais emblemáticos do futebol brasileiro, mantendo viva a memória esportiva do clube, ao mesmo tempo em que projeta um futuro mais estruturado e competitivo. Para Teixeira, não se trata apenas de um estádio, mas de um legado.
A parceria com a Prefeitura de Santos, segundo ele, é também uma tentativa de impulsionar economicamente a região, tanto pela geração de empregos quanto pela atração de eventos e turismo.
Por fim, o dirigente destacou que o novo projeto reforça o papel da Vila Belmiro não só como casa do Santos, mas como patrimônio histórico e cultural. E embora haja desafios consideráveis no caminho, a diretoria acredita que manter o clube enraizado na cidade de origem, ainda que em nova roupagem, é a decisão mais viável e estratégica no atual contexto.
O Clube de Regatas do Flamengo celebrou na noite de quinta-feira (14 de agosto) o…
O Flamengo vive momento de grande atenção da torcida em relação ao futuro de seus…
O Flamengo se prepara para uma sequência de confrontos importantes, com destaque para o duelo…
O Flamengo entra em campo mais uma vez na Libertadores de 2025, desta vez enfrentando…
Samuel Lino segue consolidando seu espaço no elenco do Flamengo e, ao mesmo tempo, chama…
Na noite desta quarta-feira (13), o Flamengo voltou a brilhar com Bruno Henrique como destaque.…