Brasil

Ancelotti pode atingir feito inédito por seleções

Carlo Ancelotti, nome histórico do futebol europeu, terá pela frente uma missão singular à frente da seleção brasileira: conquistar a Copa do Mundo como técnico estrangeiro. Até hoje, em 22 edições do torneio, nenhum comandante de nacionalidade diferente da seleção campeã conseguiu erguer o troféu.

Desde a primeira edição do torneio, em 1930, todos os treinadores campeões eram conterrâneos das seleções vencedoras. A lista inclui nomes emblemáticos como Vicente Feola, Zagallo, Carlos Alberto Parreira e Luiz Felipe Scolari, que conduziram o Brasil em suas cinco conquistas; bem como figuras como Marcello Lippi pela Itália, Vicente del Bosque pela Espanha e Didier Deschamps pela França.

Mais recentemente, em 2022, Lionel Scaloni confirmou a tradição ao liderar a Argentina ao título no Catar.

Aliás, a presença de técnicos estrangeiros nas Copas do Mundo não é um fenômeno raro, mas os resultados demonstram limitações claras. Em 2022, por exemplo, nove seleções foram comandadas por treinadores de outras nacionalidades, incluindo Félix Sánchez no Catar, Gustavo Alfaro no Equador, Carlos Queiroz no Irã e Hervé Renard na Arábia Saudita. Nenhuma delas chegou sequer às semifinais.

Ainda seguindo o UOL, historicamente, apenas dois estrangeiros conseguiram levar seleções de outras nacionalidades à final do torneio. O inglês George Raynor comandou a Suécia em 1958 e foi derrotado justamente pela Seleção Brasileira.

Já em 1978, Ernst Happel, nascido na Áustria, levou a Holanda à decisão, mas acabou superado pela Argentina. Esses dois casos, embora notáveis, reforçam a exclusividade do feito que Ancelotti buscará.

O treinador italiano chega ao comando brasileiro com um currículo vitorioso em clubes, especialmente na Europa, onde se destacou em potências como Milan, Real Madrid, Chelsea, Bayern de Munique e Paris Saint-Germain.

No entanto, liderar uma seleção sul-americana em uma Copa do Mundo impõe outros desafios, principalmente culturais, logísticos e emocionais, que ultrapassam o ambiente habitual dos clubes europeus.

A nomeação de Ancelotti também rompe com a tradição da Confederação Brasileira de Futebol, que historicamente optou por técnicos nacionais nos principais torneios. Revela-se, assim, um movimento ousado da entidade, que aposta em uma perspectiva externa para recuperar o protagonismo perdido nas últimas edições da competição.

A expectativa em torno do trabalho de Ancelotti é elevada, principalmente entre torcedores que anseiam por um novo capítulo vitorioso. Contudo, o desafio que se impõe não é apenas técnico ou tático, mas também simbólico. Afinal, a possibilidade de um estrangeiro conduzir o Brasil ao topo do futebol mundial representaria uma guinada histórica na narrativa da Copa.

Ana Teixeira

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