Augusto Melo - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Desde o início da atual administração, sob comando de Augusto Melo, o Corinthians tem sido duramente questionado por movimentações intensas e opacas nas suas categorias de base. A colunista Milly Lacombe, do UOL Esporte, destacou que 87 jogadores foram contratados para a base masculina apenas desde janeiro de 2024, o que classificou como uma “aberração” em todos os sentidos — do econômico ao moral.
Esse volume elevado de contratações foi apontado como um sintoma claro de uma estrutura desorganizada e sem critério técnico. O cenário se agravou com denúncias de favorecimento, incluindo registros de filhos de patrocinadores e dirigentes sendo contemplados, além de atletas renovando contrato sem sequer entrarem em campo.
Em resposta às suspeitas, o Corinthians publicou uma nota oficial na segunda-feira (12 de maio), declarando que não encontrou fundamentos nas denúncias que circularam. O clube alegou ter realizado reuniões e investigações internas, além de ouvir os envolvidos.
“O Sport Club Corinthians Paulista vem a público prestar esclarecimentos (…). Após análise criteriosa, ficou comprovado que não há fundamento nas denúncias divulgadas”, declarou o comunicado, que também reforça o compromisso da diretoria com a transparência e os valores institucionais.
Ainda assim, o episódio causou abalos internos. Claudinei Alves, até então responsável pelas categorias de base, foi destituído do cargo. A pressão também partiu da torcida organizada Gaviões da Fiel, que compareceu ao CT Joaquim Grava em busca de explicações, mas não obteve acesso a indícios concretos de irregularidades.
Milly Lacombe, ao comentar os desdobramentos do caso, adotou tom incisivo. Segundo a jornalista, a gestão de Augusto Melo transformou o tradicional Terrão em um “balcão de negócios”. Ela descreveu a administração como “um destrambelhamento, na melhor das hipóteses”, e afirmou que, na pior, trata-se de um caso que beira o âmbito policial.
A colunista também questionou o atual modelo de governança do clube, criticando severamente a falta de critérios claros e o uso político da base. Para ela, a condução dos trabalhos é feita “à sombra”, com decisões movidas por vaidade e interesses pessoais.
A repercussão negativa ganhou força nas redes sociais e entre torcedores, com diversas manifestações pedindo mudanças estruturais e mais responsabilidade na gestão. Os 87 nomes contratados foram divulgados pelo canal especializado Meu Timão, enquanto a informação de que 20 atletas foram dispensados nesse mesmo período foi apresentada pelo jornalista Jorge Nicola.
O caso também gerou comparações com administrações anteriores, com parte da torcida apontando que o cenário atual é reflexo de práticas históricas de má gestão, embora agora atinja uma nova escala de impacto e descontrole.
A crise na base do Corinthians revela fragilidades profundas na condução administrativa do clube, especialmente em uma área que historicamente foi símbolo de identidade e formação. Ainda que o clube negue irregularidades, o volume de contratações, a falta de critérios técnicos visíveis e os conflitos de interesse relatados evidenciam um momento crítico.
A pressão por mudanças é crescente, tanto interna quanto externamente, e o episódio marca um dos momentos mais turbulentos da atual presidência.
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