André Rizek durante um programa do SporTV (Foto: Reprodução/SporTV)
A publicação de André Rizek na última quinta-feira (15) destacou um ponto sensível da recente instabilidade institucional vivida pela Confederação Brasileira de Futebol. A manifestação do jornalista, feita na rede social X, sintetizou com precisão os bastidores da antecipação no anúncio da chegada de Carlo Ancelotti à Seleção Brasileira.
“Se alguém tinha dúvida sobre por que o anúncio do Ancelotti foi feito daquele jeito apressado/improvisado segunda-feira, eis a resposta. O italiano teve reunião HOJE com Rodrigo Caetano e Juan em Madrid. Bem-vindo ao futebol brasileiro, Carleto”, escreveu Rizek, indicando uma articulação fora dos protocolos habituais.
A fala do comentarista se insere num contexto que ganhou força nos últimos dias, marcado pelo afastamento judicial de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Conforme decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, assinada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, Fernando Sarney foi nomeado interventor com a missão de convocar eleições em caráter emergencial.
Sarney, inclusive, já havia se colocado como opositor a Ednaldo, tendo ficado de fora da chapa que garantiu a reeleição do dirigente em março deste ano.
Aliás, a decisão judicial anulou o acordo firmado no início de 2024 entre dirigentes da CBF, o qual viabilizou a continuidade de Ednaldo no cargo. Segundo o TJ-RJ, há suspeitas de falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, um dos signatários do documento, conforme apontado por laudo pericial.
Esse elemento serviu de base para o pedido de afastamento apresentado ao STF pela deputada Daniela do Waguinho e pelo próprio Sarney.
O principal reflexo dessa instabilidade institucional foi sentido na forma como a contratação de Ancelotti veio à público. A CBF, comandada por Ednaldo até então, divulgou o acerto com o técnico italiano na segunda-feira (13), mesmo sem uma manifestação oficial do Real Madrid sobre a saída do treinador.
Posteriormente, veio à tona a informação de que o treinador se reuniu em Madrid com os coordenadores Rodrigo Caetano e Juan — fato que foi considerado decisivo para o comentário ácido de Rizek.
O anúncio, considerado precipitado por muitos, teria sido uma estratégia de Ednaldo para angariar apoio popular e político em meio à crise jurídica. Ainda na terça-feira (14), o presidente da CBF organizou um encontro com líderes das federações estaduais na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
A intenção foi reforçar a narrativa de segurança jurídica em torno de sua permanência no cargo. Contudo, a decisão judicial emitida dois dias depois encerrou de forma abrupta essa articulação.
A repercussão da publicação de Rizek também foi marcada por críticas contundentes de internautas, que cobraram uma postura mais incisiva do jornalista em momentos anteriores.
Parte do público questionou o timing da crítica e relacionou a demora na manifestação a um suposto receio de represálias institucionais ou comerciais, já que Ednaldo comandava uma entidade com forte poder de influência sobre veículos e profissionais do futebol.
Apesar disso, o conteúdo da postagem trouxe à tona um elemento incontornável: a crônica instabilidade na gestão do futebol brasileiro e suas consequências práticas. Ancelotti, mesmo antes de assumir de fato, foi lançado no epicentro de uma disputa política que não lhe dizia respeito diretamente, mas da qual passou a ser peça simbólica.
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