Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista coletiva da seleção brasileira feminina (Foto: Thais Magalhães/CBF)
Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), sob a acusação de falsificação de assinatura em um acordo que viabilizou sua eleição para o cargo. A assinatura questionada pertencia ao ex-presidente interino da entidade, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes. A decisão judicial também nomeou Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, como interventor, sendo ele o responsável pela convocação de novas eleições em caráter de urgência.
O processo que resultou no afastamento de Ednaldo teve início em 2018, através de uma ação movida pelo Ministério Público. A principal acusação envolvia irregularidades no formato da eleição da CBF, que atribuía pesos distintos para os votos dos clubes e das federações estaduais. Conforme o Ministério Público, essa diferenciação violava a Lei Pelé, uma vez que os clubes não participaram da decisão que alterou o peso dos votos em uma assembleia realizada em março de 2017.
Ainda em 2021, a Justiça determinou a destituição de toda a diretoria eleita em 2017, que era liderada por Rogério Caboclo. A decisão apontava que as regras estabelecidas para a escolha dos dirigentes eram irregulares. Na ocasião, os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, chegaram a ser indicados como interventores. Entretanto, a nomeação foi suspensa após questionamentos sobre o cumprimento da Lei Pelé, que proíbe dirigentes de clubes de presidirem federações.
A situação se agravou em 2022, quando a CBF assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público para garantir o cumprimento da legislação, incluindo a convocação de uma assembleia geral que definiria os pesos dos votos com a participação dos clubes. Durante essa assembleia, ficou estabelecido que as federações estaduais teriam peso 3, enquanto os clubes da Série A teriam peso 2 e os da Série B, peso 1. Apesar da polêmica, a eleição transcorreu com Ednaldo Rodrigues sendo eleito com o apoio de 26 federações e 39 clubes.
A crise na CBF ganhou novos capítulos em fevereiro de 2025, quando um acordo assinado entre Ednaldo, a CBF e outros dirigentes reconhecia a legalidade da eleição de 2022 e encerrava as disputas judiciais. No entanto, uma denúncia de falsificação da assinatura de Coronel Nunes reabriu o processo. A perícia apontou que a assinatura no documento não era legítima, o que levou à decisão do TJ-RJ de afastar Ednaldo novamente da presidência da CBF. Além disso, a denúncia resultou em três petições no Supremo Tribunal Federal (STF), todas negadas pelo ministro Gilmar Mendes, mas com a recomendação de que o TJ-RJ apurasse as suspeitas de forma urgente.
Com o afastamento de Ednaldo Rodrigues, Fernando Sarney assumiu a presidência da CBF de forma interina e já convocou novas eleições para definir o próximo presidente da entidade. A intervenção busca reestabelecer a governança da confederação e encerrar o longo período de instabilidade política que marcou a administração de Ednaldo. Assim, a expectativa recai sobre o novo processo eleitoral, que pode redesenhar os rumos do futebol brasileiro.
Roberto Rivellino, comentarista da TV Cultura e ícone do futebol brasileiro, demonstrou plena confiança no…
Murilo marcou o primeiro gol da partida e não escondeu a emoção. Após longo período…
O Corinthians acionou o Atlético-MG na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) para cobrar…
Na última quinta-feira (15 de maio), o Atlético-MG enfrentou o Caracas-VEN pela quinta rodada da…
Se você achou que o Flamengo não teria forças para reagir na Libertadores, a vitória…
Em um jogo decisivo pela Libertadores, Filipe Luís surpreendeu ao montar o Flamengo sem seus…