Vinícius Júnior ao comemorar gol marcado contra o Barcelona (Foto: Reprodução/Real Madrid)
Em audiência realizada por videoconferência nesta segunda-feira (19), Vinicius Júnior declarou que temeu pela própria vida e também pela segurança de sua família ao tomar conhecimento de um boneco com sua camisa sendo enforcado em uma ponte de Madri.
O episódio ocorreu às vésperas de um clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid, em janeiro de 2023, e, conforme o atacante, teve motivação racial.
“Foi um dia muito triste para mim. Eu não sabia o que aquilo queria dizer, se eu e minha família estávamos em perigo”, afirmou o jogador, segundo relatos oficiais da audiência. Por causa de seu compromisso com o Real Madrid no Super Mundial de Clubes da FIFA, previsto para junho, o depoimento foi antecipado. Assim sendo, a participação remota do atleta foi aceita pela Justiça espanhola.
O boneco, pendurado pelo pescoço e vestido com a camisa 20 — utilizada por Vini Jr. à época — foi posicionado em uma ponte próxima ao centro de treinamento do clube merengue. Acima dele, uma faixa com os dizeres “Madri odeia o Real”, lema habitual de torcedores ultras do Atlético de Madrid, intensificava a mensagem de ódio.
A cena, que simulava um enforcamento, causou comoção internacional e acendeu um novo alerta para o racismo estrutural presente no futebol europeu.
Conforme o Ministério Público, os quatro suspeitos — com idades entre 19 e 24 anos — pertencem ao grupo radical Frente Atlético e já haviam sido identificados em eventos considerados de alto risco. Detidos em maio de 2023 sob a acusação de crime de ódio, os envolvidos foram posteriormente liberados sob condições específicas, como manter distância de estádios e instalações do Real Madrid.
As acusações apresentadas abrangem crimes contra direitos fundamentais, dignidade, integridade moral e ameaça incondicional. A promotoria, a La Liga e a Federação Espanhola de Futebol solicitaram penas de até quatro anos de prisão, além de uma indenização coletiva de seis mil euros (equivalente a R$ 38.400) por danos morais causados ao atleta.
Em nota oficial, o Real Madrid repudiou o ataque, classificando-o como “lamentável e repugnante” e destacou que ações do tipo não podem ser toleradas em uma sociedade democrática. “Estas agressões como as que sofre agora o nosso jogador, ou as que qualquer atleta pode sofrer, não podem ter lugar numa sociedade como a nossa”, destacou o clube.
O Atlético de Madrid também se manifestou, condenando publicamente o episódio e ressaltando que, embora exista intensa rivalidade com o rival da capital, o respeito deve prevalecer. “São fatos repugnantes e inadmissíveis que envergonham a sociedade”, afirmou o clube em comunicado.
A repercussão do caso provocou manifestações de apoio ao jogador por parte de instituições e torcedores. Aliás, na partida disputada no dia seguinte ao ato, Vinicius foi aplaudido aos 20 minutos do primeiro tempo por torcedores do Real Madrid, mesmo antes de marcar um dos gols da vitória por 3 a 1 na Copa do Rei.
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