Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista coletiva da seleção brasileira feminina (Foto: Thais Magalhães/CBF)
Ednaldo Rodrigues anunciou oficialmente, nesta segunda-feira (19), sua desistência de reassumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O posicionamento foi apresentado em petição encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), após ele ter sido afastado da função por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A medida encerra um ciclo de disputas jurídicas que se intensificaram nos últimos meses.
No texto, Ednaldo justificou sua decisão destacando os impactos pessoais que o processo lhe causou. “Os últimos acontecimentos afetaram minha vida familiar”, afirmou. Ele também ressaltou que sua desistência foi motivada por um gesto de serenidade e respeito às instituições, negando qualquer envolvimento com novas candidaturas ou apoio a chapas em formação.
“Este gesto, sereno e consciente, representa o esforço do Peticionário em deixar para trás este último ato do litígio”, declarou. Ainda segundo Ednaldo, o compromisso com a verdade dos fatos, a estabilidade institucional e o respeito à Justiça continuam sendo princípios que norteiam sua conduta. A declaração foi finalizada com votos de “sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasileiro”.
A decisão do afastamento de Ednaldo está ligada a uma denúncia de falsificação de assinatura em acordo homologado pelo STF entre ele e seus opositores. A suspeita envolve o nome do Coronel Nunes, ex-presidente da CBF, cuja condição de saúde levantou dúvidas sobre a veracidade do documento assinado.
Com o afastamento confirmado, o vice-presidente Fernando Sarney assumiu interinamente e marcou novas eleições para sábado (25). O pleito deve contar com chapa única, liderada por Samir Xaud, representante da Federação Roraimense de Futebol.
A saída definitiva de Ednaldo Rodrigues marca um novo capítulo na política da CBF, que vive um momento de transição institucional e alta exposição pública.
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