Escudo do Corinthians (Foto: Reprodução/Instagram)
O Corinthians voltou a figurar nas manchetes fora das quatro linhas, desta vez por causa da sua preocupante situação financeira. Apesar de registrar o maior faturamento da sua história em 2024, o clube alvinegro também viu crescer significativamente o valor de sua dívida total, que atingiu a marca de R$ 1,9 bilhão. Esse montante representa um aumento de 18% em comparação com o ano anterior, e coloca o clube em posição de alerta.
Dentro desse cenário, a dívida fiscal aparece como um dos pontos mais críticos. De acordo com estudo realizado pela empresa Sports Value, mais de R$ 704 milhões dos débitos totais do Corinthians são referentes a pendências fiscais. Isso significa que cerca de 37% da dívida total do clube tem origem em impostos, contribuições previdenciárias e encargos trabalhistas não quitados, incluindo juros e multas por atrasos.
O Timão, aliás, lidera com folga o ranking de dívidas fiscais entre os clubes do Brasil. O Fluminense, segundo colocado, acumula dívidas abaixo dos R$ 400 milhões, enquanto o Internacional aparece na terceira posição, com valores inferiores a R$ 300 milhões. Assim sendo, o clube paulista se distancia dos demais quando o assunto é pendência com órgãos fiscais.
Esse tipo de dívida impacta diretamente no planejamento financeiro e operacional do Corinthians. Afinal, valores não quitados junto à Receita Federal e outros órgãos tributários comprometem não apenas a saúde financeira da instituição, mas também dificultam eventuais negociações e captação de recursos. Conforme apontado, os débitos fiscais representam mais de 63% do faturamento total do clube em 2024, o que torna o cenário ainda mais delicado.
Anteriormente, em entrevista concedida em novembro de 2023, o então diretor financeiro do clube, Wesley Melo, projetou que a reestruturação financeira poderia levar de quatro a cinco anos. “Acho que vai mais uns quatro ou cinco anos nesta batida. O Flamengo, que para nós é uma referência, levou sete anos para botar a casa em ordem”, declarou Melo, citando também a gestão do Palmeiras como exemplo de recuperação administrativa e financeira.
Portanto, embora o clube tenha alcançado recordes de arrecadação, a sua sustentabilidade financeira depende da capacidade de reverter esse quadro crítico de endividamento. Conforme demonstram os dados, o desafio é grande, mas exemplos de sucesso no futebol brasileiro indicam que, com gestão eficiente e continuidade no planejamento, é possível mudar esse panorama.
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