Rogério Ceni - Foto: Letícia Martins / EC Bahia
Após a classificação do Bahia para as oitavas de final da Copa do Brasil com uma expressiva vitória por 4 a 0 sobre o Paysandu, Rogério Ceni utilizou a coletiva de imprensa para refletir sobre o cenário competitivo do futebol nacional. O treinador apontou Flamengo e Palmeiras como entraves para a ascensão de clubes em crescimento, como o próprio Bahia.
“Aqui é mais difícil. Temos dois times no momento que destoam dos demais”, declarou o comandante do Esquadrão de Aço, ressaltando que essa hegemonia compromete uma disputa equilibrada nos torneios nacionais e internacionais.
Embora reconheça o potencial do projeto liderado pelo Grupo City, Ceni afirmou que “essa ainda não é uma disputa saudável”. Ainda assim, projetou um futuro otimista, acreditando que a equipe baiana poderá, em breve, se equiparar a outros grandes clubes do país:
“Para se colocar em um patamar muito próximo a outros, acho que isso pode acontecer em breve”.
Enquanto lamenta as dificuldades atuais, o técnico não ignora os avanços estruturais promovidos pela nova gestão. O Grupo City, responsável pelo controle do Bahia, prometeu investir R$ 1 bilhão no clube ao longo dos próximos 15 anos.
Até aqui, a atual temporada já contou com o aporte de R$ 113 milhões em reforços, com destaque para nomes como Erick, Santiago Mingo e Michel Araújo. Além disso, a expectativa é que novas contratações sejam realizadas durante a janela de transferências do meio do ano.
Entre os dez nomes anunciados, dois atletas — David Martins e Zé Guilherme — foram direcionados inicialmente às categorias de base. Contudo, a intenção do conglomerado é desenvolvê-los com atenção especial, a fim de que se tornem opções viáveis para o elenco principal a médio prazo.
Inegavelmente, um dos pontos mais destacados por Ceni diz respeito ao poderio financeiro dos adversários diretos. Ainda que tenha mencionado a impossibilidade de competir com os investimentos de Flamengo e Palmeiras, os dados expõem nuances.
O Bahia, por exemplo, investiu R$ 82 milhões a mais do que o Rubro-Negro carioca na última janela, conforme levantamento do Globo Esporte. Já em relação ao clube paulista, que aplicou mais de R$ 400 milhões na temporada, o abismo permanece evidente.
Ceni usou exemplos internacionais para justificar a construção gradual de projetos de sucesso. Citou Paris Saint-Germain e Manchester City, ambos comprados por fundos do Oriente Médio, como modelos de transformação sustentável no futebol europeu.
“Não ganha há muito tempo, mas vai voltar a ganhar. Pode ser que não seja esse ano, mas a tendência é que se a gente fizer tudo certo, vai conseguir brigar cada vez mais por um título”, avaliou.
Em suas falas, o atual treinador do Bahia também revisitou a passagem pelo Flamengo, onde conquistou o Campeonato Brasileiro de 2020, além da Supercopa do Brasil e o Carioca em 2021. No entanto, enfrentou dificuldades nas primeiras partidas e acabou sendo eliminado da Libertadores ainda nas oitavas. Ao todo, comandou o time carioca em 45 partidas, com um aproveitamento de 51%.
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