Arrascaeta durante a vitória do Flamengo sobre o Palmeiras, no Allianz Parque - Foto: Adriano Fontes/Flamengo
Carlos Eduardo Mansur, em sua coluna publicada nesta segunda-feira (26), fez duras críticas ao impacto da arbitragem no clássico entre Palmeiras e Flamengo, disputado no domingo (25), no Allianz Parque. Para o jornalista, a principal consequência negativa das atuações dos árbitros no futebol brasileiro é o que chamou de “sequestro do debate”.
Segundo ele, enquanto não surgir uma nova polêmica em outra rodada do Brasileirão, as atenções permanecerão voltadas aos dois pênaltis marcados por Ramon Abatti Abel, com auxílio do VAR, em detrimento de análises mais ricas sobre o comportamento tático e técnico das equipes envolvidas.
“O pior efeito colateral da arbitragem brasileira é o sequestro do debate”, escreveu Mansur, ao lamentar que aspectos relevantes da partida fiquem em segundo plano.
Em relação aos lances que originaram as penalidades, Mansur demonstrou ceticismo quanto às decisões tomadas. Sobre a infração cometida por Murilo, que resultou no gol de Arrascaeta, o colunista afirmou: “É claro que Arrascaeta se jogou. Ele não foi derrubado por Murilo, embora o braço do palmeirense atrapalhe sua condução de bola”.
Em relação ao toque de mão de Varela, inicialmente marcado como penalidade a favor do Palmeiras, Mansur destacou que o contato pareceu ocorrer fora da área, mas ponderou que “não há imagem conclusiva para alterar a decisão de campo”.
A CBF divulgou os áudios das conversas entre árbitro e VAR. No primeiro lance, Wagner Reway sugeriu a revisão sobre o local do toque de Varela, e Abatti concluiu que o pé do jogador estava sobre a linha, validando o pênalti. Já no segundo tempo, após recomendação do árbitro de vídeo, Abatti reviu o lance com Murilo e declarou que o defensor “impediu o atacante de forma imprudente”, confirmando a infração.
Apesar da polêmica, Mansur enxerga elementos táticos que mereciam atenção. Destacou, por exemplo, a reorganização do Flamengo após a lesão de Gerson e a inteligência da equipe ao atrair a marcação adversária e sair jogando com qualidade, especialmente com a participação de Léo Ortiz e Danilo.
O jornalista ainda observou que o time carioca mostrou sua capacidade de controlar o ritmo com calma e inteligência, características do trabalho recente de Filipe Luís.
Por outro lado, apontou a limitação criativa do Palmeiras mesmo nos momentos de maior domínio territorial, e chamou atenção para o excesso de partidas que comprometem o desempenho técnico e físico dos atletas, como ilustrado por novas lesões durante o confronto.
Por fim, Mansur reforçou que, apesar dos componentes táticos e estratégicos evidentes no duelo, “a arbitragem, de novo, vai sequestrar o debate”. A frase resume o incômodo do jornalista com o protagonismo constante dos juízes nas discussões sobre o futebol brasileiro.
Enfim, embora o duelo tenha apresentado bons temas para análise, o foco recaiu — mais uma vez — sobre decisões do apito, obscurecendo o que foi produzido dentro das quatro linhas.
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