Augusto Melo - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Augusto Melo, agora ex-presidente do Corinthians, encerrou sua passagem pelo comando do clube após 17 meses conturbados. Conforme destacou a coluna de Juca Kfouri no UOL, sua trajetória termina de forma semelhante à de Miguel Martinez em 1972, que durou 15 meses à frente do clube. Contudo, Melo resistiu dois meses a mais, apesar das denúncias graves que se acumulavam contra ele.
Acusado de furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa, Melo tenta convencer os sócios de que é vítima de perseguição por parte da Polícia Civil de São Paulo. Além disso, enfrenta o desafio de provar à Justiça que não tem qualquer relação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) detectou movimentações suspeitas em contas do clube e apontou tentativas de “burlar a identificação da origem, destino e responsáveis” por diversos repasses. Dentre essas transações, há destaque para um pagamento de R$ 1,4 milhão à empresa de Alex Cassundé, acusado de operar o esquema com a casa de apostas VaideBet.
Ademais, o clube realizou mais de 50 saques em espécie e dezenas de depósitos em dinheiro, o que chamou a atenção do órgão de fiscalização.
Na esfera judicial, Melo teve seu pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A magistrada responsável entendeu que não houve abuso de autoridade na condução do indiciamento e que não havia elementos suficientes para suspender a medida, que integra o inquérito do caso VaideBet.
O contrato com a VaideBet, anunciado no início de 2024, culminou na rescisão com a antiga patrocinadora Pixbet, que exigiu ressarcimento. Para pagar essa multa, o Corinthians recebeu R$ 20 milhões de uma empresa de Curitiba, chamada OTSAFE.
Segundo o COAF, a firma é suspeita de “ocultar recursos financeiros” e possui ligação com a ZenetPay, operadora de pagamentos de apostas, o que levantou novos questionamentos sobre a legalidade da transação.
Aliás, a Justiça determinou a penhora de mais de R$ 21 milhões das contas do clube devido ao não cumprimento do acordo com a Pixbet. Apesar de inicialmente ter pago sete parcelas, o Corinthians deixou de honrar o restante do compromisso financeiro.
O atual presidente interino, Osmar Stabile, revelou uma situação crítica. Segundo ele, o clube não possui caixa para quitar uma parcela de R$ 3 milhões do Profut que vence nesta semana. Caso não consiga honrar o pagamento, corre o risco de ser excluído do programa federal que permite o refinanciamento de dívidas fiscais.
A exclusão resultaria na cobrança imediata das dívidas, o que agravaria ainda mais a já delicada situação econômica da instituição.
O vice-presidente Armando Mendonça também apontou que as informações transmitidas anteriormente sobre uma suposta saúde financeira equilibrada não condiziam com a realidade. “A verdade precisa ser dita, e a situação é extremamente grave”, afirmou.
A permanência de Augusto Melo por quase um ano e meio foi marcada por denúncias, investigações, inconsistências financeiras e um ambiente político instável. Conforme Juca Kfouri pontuou, o clube, que já teve presidentes destituídos por má gestão, mais uma vez se vê diante de um colapso institucional.
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