Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista coletiva da seleção brasileira feminina (Foto: Thais Magalhães/CBF)
A Confederação Brasileira de Futebol esteve à beira de reviver um dos capítulos mais conturbados de sua história recente. Após a saída de Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade, em meados de maio, o contrato já firmado com o técnico Carlo Ancelotti quase foi refeito.
O motivo principal foi uma incerteza jurídica envolvendo o cumprimento do estatuto interno da CBF, especialmente no que diz respeito às assinaturas exigidas para a validade de contratos institucionais.
O acordo entre a entidade e o treinador europeu havia sido assinado aproximadamente dez dias antes do afastamento do então mandatário. Juntamente com Ednaldo, um diretor de compliance também subscreveu o documento.
Entretanto, com a decisão judicial que determinou a saída do dirigente, voltou a valer o estatuto de 2017, que exigia a rubrica de um diretor financeiro em conjunto com o presidente para validar qualquer compromisso oficial.
Diante dessa alteração estatutária, dirigentes da administração provisória passaram a considerar a possibilidade de elaborar um novo contrato para Ancelotti, mantendo os termos originais. A ideia, aliás, também visava remover o nome de Ednaldo Rodrigues do documento. Contudo, o debate interno gerou preocupação sobre possíveis ruídos na comunicação com o recém-contratado comandante da seleção brasileira.
Um dos temores discutidos era a possibilidade de que Ancelotti interpretasse a readequação contratual como uma instabilidade institucional ou até mesmo uma desconfiança quanto à sua permanência. Conforme informações divulgadas por Rodrigo Mattos, colunista do UOL, a decisão final da cúpula da confederação foi manter o contrato original e evitar, assim, qualquer tipo de mal-entendido.
Apesar das dúvidas iniciais, prevaleceu o entendimento de que o contrato era legalmente válido, visto que havia sido assinado por outro diretor da casa, além de Ednaldo. A presença dessa segunda assinatura foi considerada suficiente, conforme interpretação dos dirigentes da CBF naquele momento.
A manutenção do documento também foi impulsionada por um compromisso informal já estabelecido com o técnico. Anteriormente, a negociação entre as partes havia sido interrompida justamente por causa da primeira destituição de Ednaldo.
Quando o diálogo foi retomado, os termos financeiros permaneceram semelhantes aos acordados em 2023, o que facilitou a conclusão do trato. Ancelotti, aliás, havia sido tranquilizado de que sua chegada à seleção não seria afetada por mudanças no comando da confederação.
Enquanto o contrato principal foi mantido, os vínculos dos demais integrantes da comissão técnica do treinador foram firmados durante o período em que a entidade ainda era gerida por uma diretoria provisória.
Essas assinaturas ocorreram antes da eleição de Samir Xaud, que assumiu o comando da confederação com a promessa de mudanças administrativas e maior estabilidade.
A condução do caso expôs a complexidade do ambiente político da CBF, sobretudo em um período de transição que envolveu interferência do Judiciário e aplicação de um estatuto antigo.
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