André Rizek durante um programa do SporTV (Foto: Reprodução/SporTV)
Nesta terça-feira (27), o jornalista André Rizek compartilhou, em vídeo publicado pelo ge, sua percepção sobre o início de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira. O comunicador esteve presente na apresentação oficial do treinador, realizada na véspera, e relatou uma sequência de sentimentos contraditórios.
“A primeira sensação foi de empolgação”, afirmou. Rizek destacou a presença de veículos internacionais — até mesmo de jornalistas que não cobrem futebol com regularidade — o que, segundo ele, evidenciou o peso simbólico do encontro entre a seleção mais vitoriosa do mundo e o treinador mais condecorado da história.
“Ali me deu uma grande empolgação. Falei, caramba, olha o tamanho do futebol brasileiro. Aqui é Brasil”, iniciou.
Entretanto, o entusiasmo foi substituído por um sentimento de realidade dura ao ouvir a convocação de 25 atletas para os jogos contra Equador e Paraguai, marcados para os dias 5 e 10 de junho. “Deu aquela murchada”, resumiu. Para o jornalista, o problema não está na lista em si, mas sim no nível da geração atual, considerada por ele apenas “regular”.
“Não é que eu tenha achado a lista equivocada. Claro, eu teria feito ali umas três mudanças. Mas não é essa a questão. A questão é o nível mesmo da atual geração do futebol brasileiro. Está longe de ser ruim e está longe de ser brilhante. É um nível regular. O nível da geração brasileira explica muito por que o Brasil nas duas últimas Copas, por exemplo, parou nas quartas de final”, e completou:
“A gente está entre as oito melhores seleções do mundo? Entre as oito gerações? Sim, estamos. Está tudo muito embolado. Mas a gente não teve um trabalho fora da curva que nos pudesse levar a algo mais. E aí reside a grande esperança no trabalho do Carlo Ancelotti”.
A lista anunciada por Ancelotti trouxe sete jogadores que atuam no futebol brasileiro. Rizek considerou isso um “mau sinal”, ao destacar a disparidade de nível entre o Campeonato Brasileiro e as principais ligas europeias. Entre os nomes citados estão Hugo Souza (Corinthians), Alex Sandro, Danilo, Léo Ortiz, Wesley e Gerson (todos do Flamengo), além de Estêvão (Palmeiras).
O jornalista ressaltou a situação de Danilo, reserva no próprio clube e convocado como “homem de confiança”, bem como o retorno de Gerson, que não se firmou no futebol europeu, mas é peça importante no atual elenco. Já Estêvão é visto como uma aposta de futuro.
“Tomara que na Europa ele confirme tudo aquilo que a gente acha que ele pode ser”, observou.
Do futebol inglês, Rizek mencionou nomes como Alisson, Casemiro, Bruno Guimarães, Andreas Pereira, Martinelli, Matheus Cunha e Richarlison. Este último, embora não seja considerado um dos melhores centroavantes do mundo, representa a melhor opção disponível no momento.
Para além da convocação, o contexto do trabalho de Ancelotti também foi criticado por colunistas especializados. Carlos Eduardo Mansur, em análise no ge, foi enfático: “Na CBF atual, não existe propriamente um projeto de seleção. O projeto é Ancelotti”.
A contratação do italiano é vista como uma tentativa direta de retomar o protagonismo mundial, mesmo sem um plano estrutural de médio ou longo prazo.
Mansur ainda pontuou que, ao contrário da expectativa de revolução, a convocação foi apenas “um retrato fiel” da realidade do futebol brasileiro atual. Dos 25 nomes, 23 já haviam sido chamados no ciclo pós-Catar. O colunista também destacou a escassez de meio-campistas criativos e laterais indiscutíveis.
Ancelotti assume em meio a três desafios centrais: garantir a classificação para a Copa de 2026 sem sufoco, trabalhar o potencial de joias como Endrick, e fazer com que talentos reconhecidos — como Vinícius Júnior — consigam desempenhar pela Seleção no mesmo nível que nos clubes.
Vini Jr., por exemplo, marcou apenas um gol nos últimos nove jogos com a camisa verde e amarela, o que ilustra o descompasso entre seu desempenho no Real Madrid e na Seleção.
Conforme os especialistas, a chegada de Ancelotti é carregada de simbolismo e esperança, mas igualmente de riscos. A cerimônia de apresentação foi elogiada pela organização e pelo cuidado em acolher o técnico. Todavia, a imagem de um país que deposita toda sua expectativa em uma figura estrangeira também carrega críticas.
“Houve momentos em que a grandiosidade da coisa ameaçou cruzar a fronteira entre o acolhimento carinhoso e a imagem de um país curvado a seu salvador”, apontou Mansur.
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