Filipe Luís desembarcando com a delegação do Flamengo - Foto: Gilvan de Souza/CRF
A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) anunciou uma mudança significativa no formato do Campeonato Carioca a partir de 2026. A competição passará a ter apenas dez datas, em vez das tradicionais quinze. A novidade foi bem recebida pelo Flamengo, que há tempos demonstrava insatisfação com o calendário. O técnico Filipe Luís e o diretor José Boto expressaram publicamente a aprovação à alteração, considerando o novo modelo como uma oportunidade de evolução para o futebol brasileiro.
Filipe Luís destacou principalmente o impacto mental e físico causado pelo modelo anterior. “Quando acaba o Carioca existe a sensação de que já passaram muitos mais meses do que realmente foram”, afirmou o treinador. Ele ainda reforçou que o início do ano, marcado por altas temperaturas, agrava o desgaste dos atletas. Por isso, segundo ele, a redução no número de jogos representa um alívio e pode contribuir para que os jogadores cheguem em melhores condições ao início das competições nacionais e internacionais.
José Boto, por sua vez, foi além da comemoração. O dirigente português aproveitou o momento para sugerir uma reflexão mais ampla sobre o calendário do futebol brasileiro. Para ele, a decisão da FERJ deve servir de exemplo a outras federações. “Muito antes de vir para o Brasil eu já considerava o futebol brasileiro um produto extremamente atrativo, que bem vendido não ficava a dever nada a uma Premier League”, disse. Contudo, ele avaliou que o excesso de partidas prejudica a constância de boas atuações.
Ainda segundo Boto, o novo formato do estadual fluminense pode tornar o torneio mais interessante não apenas para os torcedores, mas também para os clubes e patrocinadores. “Vai tornar o Campeonato Carioca ainda mais atrativo e espero que todos sigam essa medida da Ferj”, acrescentou. O dirigente acredita que, caso a iniciativa seja replicada em outras competições, poderá haver uma elevação no nível técnico do futebol nacional como um todo.
O novo regulamento prevê a divisão das equipes em dois grupos com seis clubes cada. Na primeira fase, os times enfrentam adversários da chave oposta. A fase eliminatória terá quartas de final em jogo único, semifinais em ida e volta, e final em jogo único. Com isso, para conquistar o título, um clube precisará disputar apenas dez partidas.
Em comparação, o modelo atual obrigou o Flamengo a entrar em campo quinze vezes para ser campeão em 2025. Na edição vigente, todos os clubes se enfrentaram em turno único, compondo um grupo com 12 equipes. As semifinais e a final foram disputadas em jogos de ida e volta. Assim sendo, o novo sistema promete enxugar o calendário e oferecer maior eficiência à competição.
Essa mudança, embora pontual, representa um possível ponto de inflexão no planejamento esportivo nacional. Afinal, enquanto o Brasil ainda enfrenta desafios com a organização de suas temporadas, iniciativas como essa podem estimular transformações mais amplas. O Flamengo, como clube de ponta, parece disposto a liderar essa movimentação e ampliar o debate sobre a reformulação do calendário no país.
Poucas horas após o desembarque do Flamengo nos Estados Unidos para a disputa da Copa…
Campeão da Copa Intercontinental de 1981, o Flamengo vai em busca do título da primeira…
O Flamengo desembarcou na manhã desta quinta-feira (12) em Atlantic City, nos Estados Unidos, para…
O Flamengo chega ao Mundial de Clubes de 2025 com a confiança em alta e…
Com a iminente saída de Gerson para o Zenit, prevista para ocorrer após a disputa…
O ex-treinador do Flamengo, Maurício Barbieri, relembrou sua passagem pelo clube em 2018 e surpreendeu…