Flamengo

Flamengo emite nota oficial e lamenta falecimento

O Flamengo lamentou publicamente, no domingo (15 de junho), a morte de Ubirajara Félix do Nascimento, conhecido nacionalmente como Bira Presidente. O artista faleceu no sábado (14 de junho), aos 88 anos, deixando um legado inegável para a música brasileira e para a cultura popular do país. A relação entre Bira e o clube sempre foi marcada por carinho e reconhecimento mútuo, visto que ele nunca escondeu sua paixão pelo time rubro-negro.

Através de suas redes sociais, o Flamengo divulgou uma mensagem em homenagem ao sambista, o descrevendo como “um dos maiores expoentes do samba e da Cultura Popular desse país”. O texto, aliás, reforçou a importância de Bira para a comunidade flamenguista e finalizou com uma frase que faz referência à sua trajetória musical: “O show vai continuar e o seu legado será imortal”.

Nascido em 1937, no bairro de Ramos, Zona Norte do Rio de Janeiro, Bira teve contato com nomes históricos do samba desde a infância. Conforme o próprio artista relatava em entrevistas, ele conheceu mestres como Pixinguinha e João da Baiana ainda na juventude. Aos sete anos, foi batizado no samba pela escola de samba Mangueira, sua agremiação de coração.

A história de Bira com o Cacique de Ramos começou em 1961, quando, junto a um grupo de amigos, ele fundou o Grêmio Recreativo Cacique de Ramos. O local, inicialmente idealizado como um bloco de carnaval, se tornou com o passar dos anos um dos templos mais respeitados do samba. O endereço, carinhosamente apelidado de “Doce Refúgio”, foi palco de uma revolução sonora no cenário musical brasileiro.

Foi nesse ambiente que surgiu o Fundo de Quintal, grupo responsável por uma transformação na forma de se tocar e interpretar o samba. O conjunto, do qual Bira foi um dos fundadores, introduziu instrumentos como o tantã, o repique de mão e o banjo com afinação de cavaquinho. Tais inovações proporcionaram uma nova cadência ao gênero, que permanece influente até hoje.

Bira Presidente, além de músico, foi uma figura carismática e responsável por conduzir o Cacique de Ramos com dedicação ao longo de décadas. Por conta dessa liderança, ganhou o apelido de “o próprio Cacique”, sendo o único presidente da história da entidade. Sua forma irreverente de tocar pandeiro e sua presença de palco igualmente marcaram gerações.

Músicas como “O Show Tem Que Continuar” se tornaram símbolos da resistência e da celebração da vida, refletindo a essência de Bira tanto como artista quanto como pessoa. A canção é, até hoje, um dos hinos mais lembrados pelos torcedores e admiradores do samba, sendo entoada em momentos de celebração e também de saudade.

O legado de Bira Presidente ultrapassa as barreiras da música e do futebol. Sua história mistura a batida do pandeiro com a paixão pelo Flamengo, deixando um exemplo de dedicação, arte e identidade cultural. Conforme destacou o próprio clube em sua nota, o legado de Bira permanece vivo, embalando torcedores e sambistas por todo o país.

Brenda Cezillo

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