Foto: Reprodução- Instagram
O meia Lucas Paquetá será julgado em definitivo nesta sexta-feira (25) pela Football Association (FA), entidade máxima do futebol inglês. A decisão é aguardada desde março, quando o processo disciplinar foi iniciado após denúncias de que o jogador teria manipulado a própria atuação em quatro jogos da Premier League para favorecer o mercado de apostas.
A depender do resultado, o atleta pode ser banido definitivamente do futebol no país.
Revelado pelas categorias de base do Flamengo e atualmente no West Ham, Paquetá é acusado de provocar cartões amarelos de maneira intencional, entre novembro de 2022 e agosto de 2023. A FA sustenta que as ações tinham como objetivo beneficiar terceiros em esquemas ligados a apostas esportivas.
A defesa, por sua vez, nega qualquer envolvimento e reforça que os lances ocorreram dentro da normalidade de jogo.
Os lances que embasaram as acusações ocorreram nos duelos contra Leicester, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth. Em todas essas ocasiões, Paquetá recebeu cartão amarelo por faltas que, segundo a denúncia, teriam sido cometidas com o propósito de alterar artificialmente os resultados em plataformas de apostas.
As infrações estão enquadradas na Regra E5.1 da FA, que trata de condutas que impactam o curso dos jogos para ganhos indevidos.
Além das ações em campo, a entidade acrescentou dois agravantes ao processo. De acordo com o jornal britânico The Sun, o jogador teria utilizado um segundo celular enquanto seu aparelho principal estava sob análise da FA.
Posteriormente, o telefone reserva teria sido descartado, o que, na visão dos investigadores, configura tentativa de dificultar o trabalho de apuração.
A investigação começou em agosto de 2023, mas só ganhou contornos definitivos em maio deste ano, quando Paquetá foi formalmente denunciado.
A audiência com o comitê disciplinar teve início em 17 de março e, apesar da previsão inicial de três semanas, o veredito foi adiado por diversos motivos, inclusive pela complexidade do caso e pela agenda dos advogados envolvidos.
Durante o período, o West Ham acumulou prejuízos técnicos e financeiros. A negociação com o Manchester City, que já estava avançada antes da denúncia, foi interrompida. O clube londrino estima que as perdas totais — entre o investimento de 51 milhões de libras e a desvalorização do atleta — superam 80 milhões.
O técnico Graham Potter chegou a cobrar celeridade no julgamento, argumentando que o impasse atrapalhava o planejamento da equipe para a janela de transferências do meio do ano.
No campo emocional, o caso também teve desdobramentos. Em um dos jogos recentes, após nova advertência, Paquetá não conteve as lágrimas. Sua esposa, Duda Fournier, afirmou que o desgaste psicológico provocado pelo processo afetava diretamente o rendimento do marido.
A companheira do jogador também criticou publicamente a postura da FA durante o trâmite da investigação.
Apesar disso, fontes próximas ao clube demonstraram otimismo em relação ao resultado. O ex-diretor executivo do West Ham, Keith Wyness, revelou ao Football Insider que havia recebido informações indicando a absolvição do brasileiro.
“Minhas fontes me disseram que o caso já estava consumado. Ele inocentado. Por que a demora, a menos que haja nova evidência de última hora?”, questionou. O jornalista Ben Jacobs, da CBS Sports, também apontou expectativa de um desfecho favorável, embora com possibilidade de apelações.
O Flamengo acompanha atentamente o desdobramento. Caso a pena não interfira na atuação do jogador em solo sul-americano, a diretoria rubro-negra poderá avaliar uma tentativa de repatriação. A ideia é vista como uma rara possibilidade de mercado, dado o nível técnico do atleta.
Durante a semana, torcedores intensificaram postagens nas redes sociais com apelos como “a casa é sua” e “volta pro Mengão”, pedindo o retorno do meia à Gávea.
Ao mesmo tempo, o Manchester City ainda mantém interesse. Segundo veículos britânicos, o clube segue com o nome de Paquetá na lista de alvos e poderá retomar a negociação caso o jogador seja inocentado.
A contratação seria uma indicação direta da comissão técnica comandada por Pep Guardiola, que já havia aprovado o nome do brasileiro antes da paralisação do processo.
No Brasil, o nome de Paquetá também surgiu em relatórios da Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, instaurada no Senado. A CPI solicitou o indiciamento de Bruno Tolentino, tio do jogador, por suspeita de envolvimento em esquemas fraudulentos.
Entre os indícios apontados, está uma transferência de R$ 30 mil feita a Luiz Henrique, ex-jogador do Botafogo, em fevereiro de 2023.
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