Flamengo

Contratação de Carrascal pelo Flamengo rende fortuna a clube espanhol

A recente contratação de Jorge Carrascal pelo Flamengo, oficializada por 12 milhões de euros (equivalente a cerca de R$ 77 milhões), não impactou apenas o clube carioca. O Sevilla, da Espanha, também lucrou com a transferência, mesmo sem participar diretamente da negociação.

O meia colombiano, hoje com 27 anos, passou pelas categorias de base do Sevilla entre 2016 e 2018. Essa passagem garantiu ao clube andaluz o direito a uma parcela futura das vendas do jogador, conforme estabelece o Mecanismo de Solidariedade da FIFA. Dessa forma, o Sevilla irá embolsar 120 mil euros (aproximadamente R$ 780 mil) pela negociação com o Flamengo.

Esse valor só foi detectado porque o clube espanhol utiliza um sistema próprio de monitoramento de transferências. Trata-se do AI Tracking, uma ferramenta desenvolvida pelo departamento de dados do Sevilla, sob comando do Dr. Elías Zamora, com a finalidade de identificar negociações envolvendo ex-jogadores formados na base do clube. O sistema rastreia movimentações em tempo real, inclusive em mercados menos visados.

O uso do AI Tracking começou a ganhar notoriedade em 2019, quando apontou a venda de Carrascal do Karpaty, da Ucrânia, para o River Plate, da Argentina. Na ocasião, o Sevilla recebeu 25 mil euros, correspondente a 1% do valor total da transferência, estimada em 2,5 milhões de euros. Já nas vendas posteriores para o CSKA Moscou (2022) e Dínamo Moscou (2023), o clube espanhol não teve participação, visto que a última transação ocorreu dentro da mesma federação nacional.

Posteriormente, a ferramenta passou a ser comercializada sob o nome Transfer Tracker, com distribuição pela LaLiga. Clubes da América do Sul já fazem uso da tecnologia, conforme indicou o criador do sistema:
— “Há campeões da Copa Libertadores e da LaLiga na América do Sul que usaram a ferramenta” — afirmou Elías Zamora ao jornal As.

A chegada de Carrascal ao futebol brasileiro, portanto, evidencia como as tecnologias de rastreamento de atletas formados na base têm gerado receitas inesperadas a clubes que investem na formação de jogadores.

Ao mesmo tempo, o caso mostra como o investimento em inovação pode garantir retornos financeiros mesmo anos após a saída dos atletas, fortalecendo o modelo de gestão esportiva dos clubes europeus.

Matheus Felipe

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