Escudo do Flamengo é exposto próximo a um dos gols, no gramado do Maracanã (Foto: Daniel Castelo Branco)
A multa aplicada ao Flamengo por infrações ambientais trouxe à tona um problema que se arrasta desde 2022. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) apontou que o clube, cuja sede fica na Gávea, foi responsável pelo despejo irregular de esgoto na Lagoa Rodrigo de Freitas, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após diversas notificações e a constatação da presença de amônia em amostras coletadas, o clube foi autuado em R$ 902.183,30.
A penalidade foi formalizada após o Inea identificar o lançamento de efluentes sem tratamento em quatro galerias de águas pluviais conectadas diretamente ao clube. De acordo com documentos do órgão, o Flamengo foi notificado quatro vezes ao longo dos últimos anos. A última advertência ocorreu em fevereiro de 2025, e a regularização foi concluída apenas em maio do mesmo ano.
O oceanógrafo Renato Carreira, professor do Departamento de Química da PUC-Rio, explicou que a presença de amônia nos corpos hídricos é um forte indicativo de contaminação. Segundo ele, “a amônia é usada como um traçador. Se os níveis estão elevados, isso mostra que há lançamento de esgoto. O grande problema é que isso funciona como um fertilizante para a água, gerando crescimento excessivo de plantas e algas e causando desequilíbrio no ecossistema”.
Durante a vistoria, um gerente do Flamengo atribuiu o problema à presença de tubulações antigas no local. Ele também sugeriu que a solução definitiva exigiria ações conjuntas entre o clube, a Prefeitura do Rio e a concessionária Águas do Rio. Segundo a própria concessionária, o clube regularizou a situação, mas a autuação foi mantida devido aos danos já causados ao meio ambiente.
O valor da multa foi calculado considerando a quantidade de esgoto descartada e o impacto ambiental gerado. O Inea também ressaltou que o clube pode apresentar recurso dentro do prazo de 15 dias, conforme prevê a legislação ambiental em vigor.
A infração está amparada no artigo 61 da Lei Estadual nº 3.467/00, que estabelece punições para poluidores que causem riscos à saúde, morte de animais ou degradação significativa da flora.
A situação enfrentada pelo Flamengo se soma a outras ocorrências semelhantes registradas na Lagoa Rodrigo de Freitas. De acordo com a Águas do Rio, apenas em 2025, já foram identificadas 34 irregularidades semelhantes. Em 2024, esse número havia sido mais do que o triplo, com 109 registros. A concessionária estima que, após ações de revitalização, mais de 5 milhões de litros de esgoto deixaram de ser lançados na lagoa.
Por meio de nota, o Flamengo limitou-se a informar que a irregularidade foi sanada e optou por não comentar o caso. O clube segue com a possibilidade de recorrer da penalidade imposta.
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