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José Boto rasga o verbo após Flamengo x Grêmio no Maracanã

Em noite de domínio rubro‑negro e apito contestado, Flamengo e Grêmio empataram por 1 a 1 no Maracanã, pela 22ª rodada do Brasileirão. A equipe de Filipe Luís controlou o jogo com ampla posse de bola, empilhou finalizações e acumulou escanteios — mais de 65% de posse, mais de 20 chutes e 13 cantos a favor —, mas esbarrou na compactação gremista e em grande atuação de Volpi, que realizou defesas decisivas para segurar o placar.

O roteiro foi de pressão carioca desde o início. Pedro teve duas chances claras ainda no primeiro tempo, numa delas parando em milagre do goleiro e, na sequência, vendo a zaga salvar em cima da linha. A recompensa veio no início da etapa final, quando Arrascaeta, em batida forte de fora da área após construção com Pedro, abriu o marcador.

O Grêmio, então, avançou as linhas e encontrou o empate nos minutos finais: Ayrton Lucas cometeu pênalti em contra-ataque, e Volpi converteu. Antes, Pavón já havia carimbado o travessão de Rossi.

A arbitragem de Paulo César Zanovelli foi o ponto de maior debate pós-jogo. O diretor de futebol José Boto externou preocupação com o que chamou de excesso de interrupções e critérios que travaram a fluência ofensiva do Flamengo.

Inconformado com o número de faltas marcadas contra a equipe mesmo com tamanho volume de jogo, ele destacou que não atribui o resultado apenas ao apito — reconheceu, inclusive, a boa noite do goleiro adversário —, mas cobrou consistência nas decisões.

Um lance específico incendiou as arquibancadas: o amarelo para Léo Ortiz em disputa em que, na visão rubro‑negra, sequer houve falta. Foi o terceiro do zagueiro, que vira desfalque para a próxima rodada.

“Adversários jogam com as armas que têm, a estupidez é da arbitragem. Tivemos mais de 70% de posse de bola, e o árbitro conseguiu dar mais faltas nossas do que do adversário. A matemática é impossível. Um time que tem mais volume ofensivo não faz mais faltas, isso é um padrão comprometido. Isso prejudica mais do que a forma dos adversários, é legítimo como todos jogam”, começou Boto, que completou na sequencia:

“Não é pelo pênalti, o pênalti foi bem assinalado. Mas são faltas, picotar o jogo, e até dar cartões para nossos jogadores em lances que nem falta são. A arbitragem não foi o fator principal para não vencermos, o goleiro deles fez boas defesas… mas preocupa (a arbitragem) porque trava a nossa parte ofensiva, tira a fluência do jogo. Não é a primeira vez que acontece e não parece ser por acaso”, finalizou ele.

Apesar do empate, o Flamengo segue líder isolado do campeonato, com o Cruzeiro na perseguição imediata e o Palmeiras podendo encurtar a distância em duelo noturno. Após a pausa para a Data Fifa, o time volta a campo em 14 de setembro, fora de casa, contra o Juventude, no Alfredo Jaconi. Os gaúchos, hoje no Z‑4, chegam embalados por vitória recente e prometem cenário hostil na Serra.

Redação

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