Mano Menezes pelo Fluminense (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)
Depois da noite de gala que rendeu uma vitória por oito gols e um recorde no Brasileirão, o Flamengo esbarrou na resistência do Grêmio e ficou no 1 a 1, no Maracanã. Em um jogo que teve o rubro-negro dominante por longos trechos, quem roubou a cena no fim foi Tiago Volpi: o goleiro converteu o pênalti que garantiu o empate gremista aos 39 minutos do segundo tempo, esfriando a festa do Flamengo.
O roteiro parecia favorável ao líder. No retorno do intervalo, o Flamengo empilhou aproximações até abrir o placar aos 8 do segundo tempo: Samuel Lino iniciou a construção, Arrascaeta carregou, tabelou com Pedro e bateu de primeira, no canto. A equipe de Filipe Luís manteve o controle territorial, obrigou Volpi a fazer uma defesaça após cabeçada de Léo Pereira e seguiu rondando a área. Quando o jogo parecia sob controle, Pavón entrou pela direita, cruzou, a bola tocou no braço de Ayrton Lucas e o árbitro marcou pênalti. Volpi chamou a responsabilidade e cobrou firme para igualar.
Mano Menezes saiu satisfeito com a execução do plano de contenção e relativizou a goleada rubro-negra da semana anterior sobre o Vitória. Para o treinador, placares daquele tamanho fogem à curva e não servem de parâmetro. O recorte que importa, disse, é o do Flamengo recente — mais associativo e com alto grau de exigência nas trocas e balanços de marcação desde a chegada de Saúl ao meio-campo.
“A gente conhece o Maracanã, por ver e depois sentir na própria pele o que é confiança de um Maracanã lotado quando o Flamengo está bem. Muito difícil conter esse ímpeto. Mas a gente fez uma coisa que, no futebol, quem tem experiência faz sempre: goleada de 8 a 0 você não analisa. É uma exceção das exceções.”
No Maracanã, o Grêmio respondeu com um desenho de três volantes, linhas compactas, saída rápida e bravura para fechar espaços. Com uma lista de desfalques, Mano ainda lançou o zagueiro Noriega, que salvou em cima da linha num lance capital, e apostou na estatura de Carlos Vinícius para desafogar nas bolas aéreas.
Do lado rubro-negro, De la Cruz foi titular na vaga de Jorginho, preservado por incômodo muscular, e deu cadência ao corredor central ao lado de Saúl. Samuel Lino manteve a toada em alta dos últimos jogos, participando da jogada do gol, e Pedro foi mais uma vez o parceiro ideal de Arrascaeta entrelinhas. Bruno Henrique entrou na etapa final — seu último compromisso antes do julgamento no STJD sobre manipulação e apostas, marcado para quinta-feira.
O empate não muda o topo da tabela: o Flamengo chega a 47 pontos e sustenta vantagem de três para o Cruzeiro e quatro para o Palmeiras. O Grêmio, por sua vez, soma 25 e respira fora da parte de baixo da classificação, subindo para a 13ª posição.
O resultado encerra uma semana de extremos para o líder. Se na segunda-feira o Maracanã assistiu a um espetáculo de oito gols — Pedro com hat-trick e o 100º gol dele no estádio, Arrascaeta como maestro, Samuel Lino em noite inspirada, além de Luiz Araújo e Bruno Henrique —, no domingo a equipe esbarrou na eficácia defensiva adversária e na frieza de um goleiro-artilheiro.
Na próxima rodada, o Flamengo visita o Juventude, no Alfredo Jaconi, no dia 14. O Grêmio recebe o Mirassol, na Arena, no dia 13.
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