A segunda janela de transferências do futebol brasileiro movimentou cifras expressivas e confirmou o protagonismo dos clubes de maior visibilidade. O levantamento realizado pelo ge, publicado na quarta-feira (03), mostrou que os times da Série A arrecadaram cerca de R$ 1,7 bilhão em 50 negociações de atletas. Esse volume representou um recorde em comparação às temporadas anteriores e reforçou a tendência de exportação de talentos para o exterior.
A concentração dos valores ficou especialmente nas mãos de cinco clubes. Flamengo, Botafogo, Palmeiras, Fluminense e São Paulo responderam por 77,6% do montante total, somando juntos R$ 1,327 bilhão. Cada um deles superou a marca de R$ 100 milhões em vendas e confirmou sua capacidade de gerar receita a partir de transferências internacionais.
O Flamengo foi o líder do ranking, arrecadando R$ 376,5 milhões com quatro saídas. Entre os negócios mais relevantes, estiveram as vendas do volante Gerson ao Zenit, da Rússia, e do lateral Wesley para a Roma, da Itália. O clube ainda negociou o meia Matheus Gonçalves com o Al-Ahli, da Arábia Saudita, e liberou Lorran por empréstimo ao Pisa, da Itália, mediante compensação financeira.
Apesar das saídas de atletas importantes, o Flamengo se reforçou durante a janela. O clube contratou o lateral Emerson Royal, os meias Saúl e Carrascal e o atacante Samuel Lino. Também negociou sete jogadores, incluindo nomes do elenco principal e das categorias de base.
Logo abaixo do Flamengo, o Botafogo movimentou R$ 360,5 milhões com cinco negociações, incluindo a venda de Almada ao Atlético de Madrid por 21 milhões de euros. O Palmeiras, que já havia liderado na primeira janela, acumulou mais R$ 280,7 milhões, sendo a saída de Richard Ríos para o Benfica, por 30 milhões de euros, a transação de maior impacto.
No grupo seguinte, o Fluminense arrecadou R$ 174,4 milhões, com destaque para a venda do colombiano Jhon Arias ao Wolverhampton, da Inglaterra, por 17 milhões de euros. Já o São Paulo completou o top-5 com R$ 135,5 milhões. As joias reveladas em Cotia, como Ângelo, Matheus Alves e Lucas Ferreira, tiveram destino no futebol europeu e contribuíram para o resultado expressivo do clube paulista.
No balanço geral, a edição de 2025 já se firmou como a mais lucrativa da história recente do futebol brasileiro. Os valores, contudo, ainda estão sujeitos a variações por conta de câmbio e prazos de pagamento, já que muitos acordos preveem parcelas futuras ou bônus condicionados a metas.
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