A comemoração de Bruno Henrique após marcar um gol no jogo entre Atlético-MG x Flamengo pelo Campeonato Brasileiro 2024
O julgamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, ganhou destaque nesta semana e será um marco na carreira do jogador. O atleta de 34 anos enfrentará a Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quinta-feira (04 de setembro), às 9 horas (horário de Brasília), acusado de envolvimento em manipulação de apostas durante partida contra o Santos, em 2023.
A acusação surgiu a partir de investigações da Polícia Federal, que indiciou Bruno Henrique em abril por fraude esportiva, crime previsto no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, com pena de até seis anos de prisão. O Ministério Público do Distrito Federal denunciou o jogador e familiares, e a denúncia foi aceita pela Justiça comum. Além de Bruno Henrique, o irmão Wander Pinto Júnior, a esposa dele e outros amigos também foram citados nas apurações.
Segundo a investigação, Bruno Henrique teria comunicado ao irmão que receberia um cartão amarelo no jogo contra o Santos, disputado no Mané Garrincha, em novembro de 2023. O atacante estava pendurado com dois cartões, e o aviso teria motivado apostas atípicas nesse mercado. As movimentações chamaram atenção das plataformas de apostas, que acionaram as autoridades.
A defesa do jogador negou qualquer irregularidade:
“Bruno Henrique foi punido com cartão em um lance em que, obviamente, sequer falta houve. É absurda a alegação de que tomar um cartão nesse lance […] tinha como objetivo influenciar no resultado da partida ou do campeonato que estava em disputa. O próprio STJD já havia antes arquivado o caso que se baseava nas mesmas alegações”.
No âmbito esportivo, a Procuradoria do STJD denunciou Bruno Henrique em diversos artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, entre eles o 243 e o 243-A, que tratam de atuação prejudicial ao clube e conduta contrária à ética desportiva. As penas podem incluir de 12 a 24 partidas de suspensão, até dois anos fora dos gramados e multas que variam entre R$ 100 e R$ 100 mil. Em caso de reincidência, a punição pode chegar à eliminação do atleta da esfera esportiva.
Um ponto decisivo no julgamento poderá ser o uso de um vídeo em que Douglas Barcelos, amigo do irmão de Bruno Henrique, admite que sabia com antecedência que o atacante receberia o cartão amarelo. Esse depoimento foi feito em acordo de não persecução penal com o Ministério Público e liberado pela Justiça do Distrito Federal para ser compartilhado com o STJD.
Douglas Barcelos, além de confessar participação, foi condenado a 360 horas de serviço comunitário e multa superior a R$ 2 mil. Ele afirmou ter recebido a informação diretamente de Wander Pinto Júnior, irmão do jogador. A Procuradoria vê nessa confissão um elo importante para sustentar a acusação de manipulação contra Bruno Henrique.
Apesar do peso do processo, Bruno Henrique seguiu atuando pelo Flamengo até a Data Fifa, inclusive marcando gol na goleada sobre o Vitória e participando do empate contra o Grêmio. O julgamento desta quinta-feira é aguardado com grande expectativa, pois pode definir o futuro imediato do atleta dentro e fora dos gramados.
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