Lorran ao comemorar seu gol na partida entre Flamengo e Corinthians, realizada no Maracanã (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Nos últimos dias, o Flamengo negociou três nomes das categorias de base. Matheus Gonçalves foi vendido ao Al Ahli por 8 milhões de euros (R$ 50,5 milhões). Lorran foi emprestado por um ano ao Pisa por 500 mil euros (R$ 3,1 milhões), e Shola foi liberado de graça para o Dínamo Kiev, com o clube mantendo 50% dos direitos.
Antes da venda ao Al Ahli, houve negociações frustradas com Cruzeiro e CSKA. Revelado pelo Rubro-Negro, Matheus Gonçalves se destacou no sub-20, mas disputou apenas 54 jogos em quatro anos e marcou seis gols no profissional. Além disso, sua despedida do Brasil ocorreu na decisão do título do Intercontinental entre Flamengo e Barcelona, vencida pelos cariocas.
Em entrevista ao Barbacast, no YouTube, o diretor da base Alfredo Almeida explicou as saídas e comentou o caso de Matheus Gonçalves. Segundo ele, o próprio atleta manifestou desconforto com a falta de oportunidades no time principal, apesar de ter recebido chances. Ele também ponderou sobre o nível do elenco atual.
— O próprio Matheus Gonçalves não estava confortável, na opinião dele, pela falta de oportunidades na equipe profissional. Ele teve oportunidades. Muitas vezes a pergunta que eu faço quando questionam por que o Matheus Gonçalves não joga mais? “Tiras quem”? O elenco é tão recheado, tão bom, tão qualificado… É um achismo meu, mas se calhar esse Lorran e esse Matheus Gonçalves, em outros Flamengos, outras alturas, se calhar era outra janela de oportunidades que podia haver, outro tipo de elenco, outra forma de jogar… Não quer dizer que não tenham talento. Matheus Gonçalves tem talento. Se calhar vai ser bom para todas as partes: parte financeira para o Flamengo, para o Matheus Gonçalves e para quem o agencia que tem uma oportunidade de valorizar mais. A nível de negócio foi bom para todos, acima de tudo para o Matheus. Acho que ele vai ser feliz onde está.
Ao abordar a saída de Shola, o debate percorreu o encaixe de características do atacante em relação à diretriz de jogo do clube. Aliás, o técnico do sub-20, Bruno Pivetti, complementou a avaliação com uma descrição do perfil do nigeriano e dos contextos em que ele rende mais.
— O Shola é essencialmente um jogador de espaço. Então para um jogador desse tipo ter espaço para desenvolver a velocidade dele, geralmente a equipe tende a adotar um futebol mais reativo, um desenvolvimento de bloco médio para baixo porque aí, na recuperação da bola, você tem espaço para atacar em velocidade. O Shola nesses espaços é fenomenal. No segundo tempo contra o Barcelona nossas melhores oportunidades foram conquistadas com bolas alçadas no corredor esquerdo com ele. Tendo em vista uma diretriz macro, a maior parte do tempo a equipe profissional do Flamengo hoje joga no campo do adversário, tendo que furar os bloqueios. Ali, as características hoje em termos de ataque são jogadores que se dão melhor em espaços mais apertados, curtos, e isso o Flamengo está muito bem servido de jogador.
No caso de Lorran, o meia foi emprestado ao Pisa, com opção de compra de 4 milhões de euros (R$ 25,2 milhões) por 50% dos direitos. Entretanto, Alfredo Almeida se mostrou otimista com a mudança de ambiente para o jogador e detalhou pontos contratuais ligados a essa opção.
— Eu acredito que tu saíres da tua zona de conforto muitas vezes pode te ajudar. E ele acabou de sair da zona de conforto dele. Ele agora está na Itália, e vamos ver. Porque pode ser que, saindo da zona de conforto dele, ele mostre algumas coisas que todo mundo já dizia que ele não tinha, ou que ele tinha demais. Eu quero muito que dê certo, não quero ouvir daqui a 20 anos: “Tinha um menino 20 anos atrás no Flamengo que era o Lorran que era um craque”. Nós ouvimos isso todos os dias. Acho que agora vai ficar fora dessa zona de conforto: Flamengo há muitos anos, cidade dele… É opção (de compra), tem alguns gatilhos que tem que atingir para a opção ser realmente efetivada. Mas isso, a mim, é o que menos interessa nesse momento. Queria vê-lo num contexto diferente. Acredito que está motivado, que vai com toda vontade de querer mostrar a sua parte, que tem capacidade. Vai dar certo.
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